07/03/2023 às 14h31min - Atualizada em 08/03/2023 às 16h05min

A força do empreendedorismo feminino no setor gastronômico

O Dia Internacional da Mulher recorda as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres ao longo dos anos. A data foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1975.

SALA DA NOTÍCIA Sandra Santos
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O Dia Internacional da Mulher não é um mero dia voltado simplesmente a homenagens triviais às mulheres, mas diz respeito a um convite à avaliação sobre como a sociedade as trata. Essa análise vale tanto para o campo do convívio afetivo, familiar e social quanto para as questões relacionadas ao mercado de trabalho.

 

Dentro deste último aspecto, dados de mercado comprovam que ainda hoje as mulheres sofrem com a desigualdade no mercado de trabalho em relação aos homens. A presença feminina no mercado de trabalho ainda é 20% inferior à dos homens. Por outro lado, alguns números são bem positivos neste cenário. Dados da Grant Thornton International mostram que, no Brasil, 34% dos cargos de liderança em empresas de médio porte são exercidos por mulheres — ficando acima da média mundial, de 29%.

 

E quando o assunto é empreender, as informações ficam mais vibrantes. Um estudo realizado pelo Sebrae, revela que as mulheres lideram 10,1 milhões de empreendimentos no Brasil. Dentro dessa estatística, encontramos a Beatriz Nunes, nutricionista e sócia-fundadora do restaurante Comida Boa, loja virtual especializada em comida saudável e 100% focada no delivery.  

 

O início

 

Em 2017, diante de uma situação de desemprego aliado à vontade de diminuir alguns centímetros no contorno corporal, Beatriz e o marido tomaram a decisão de empreender dentro do ramo que ambos conheciam muito bem, a gastronomia, e optaram por atuar com vendas online, de marmitas congeladas voltadas para alimentação low carb.

“Sempre trabalhei no formato CLT e empreender foi algo inusitado na minha carreira. Como sou nutricionista e meu marido é chef de cozinha, somamos nossas habilidades e mergulhamos neste universo de negócios investindo, inicialmente, em um freezer e cozinhando em nossa casa”, relembra a empresária. “No começo, fazíamos o cardápio semanal, postávamos os pratos nas redes sociais e as vendas eram entregues por nós na residência ou no trabalho do nosso cliente. Mas, vender pelo whatsapp era algo insano”, completa.

 

Expansão

 

Com o crescimento das vendas em 2018, Beatriz Nunes percebeu que a expansão seria algo natural e primordial para a marca alcançar novos clientes. Foi neste momento que um aporte e reforço corporativo foi somado à sociedade: a chegada de Ana Maria Gomes, irmã da Beatriz Nunes, que hoje é diretora administrativa e de marketing do Comida Boa. 

 

“Em 2020, com a pandemia, as vendas aumentaram ainda mais e tivemos que investir em mais equipamentos, construir câmara de congelados, entre outros aspectos. Em 2022, com o retorno à rotina, percebemos uma queda nas vendas de comida low carb. Com isso, elaboramos um novo cardápio para atender a todos os públicos, incluindo arroz, feijão, feijoada, mandioquinha, batata - alimentos que não estavam antes no cardápio”, relata a nutricionista e empresária. 

 

Neste período, o Comida Boa contratou uma consultora de negócios que mostrou que para crescer da forma como desejavam, era necessário abrir três pontos de delivery. “Amadurecemos a ideia e passamos a atender nossos clientes por meio de unidades de loja para delivery. Abrimos uma unidade na Mooca e outra em Higienópolis. Nesta última loja, possuímos um espaço maior para estoque, o que nos possibilita vender todos os kits de marmitas congeladas e também aumentamos a diversidade do cardápio no local”, declara a nutricionista do restaurante delivery.


Com uma base de sete mil clientes cadastrados, o Comida Boa tem como público fiel mulheres na faixa de 30 a 60 anos e mais da metade são clientes recorrentes. “Atuar com vendas no sistema de lojas para delivery é muito mais benéfico e vantajoso, tanto para quem vende, pois é possível ganhar capilaridade e ter uma melhor logística de seus produtos, como também para quem compra, pois consegue receber seus pedidos de forma muito mais rápida”, conclui Beatriz, que teve um aumento de 18,5% nas vendas atuando neste formato de negócio.

 

Lojas para delivery

 

A infraestrutura dos centros de distribuição tradicionais - espaço físico onde as mercadorias que saem de uma empresa (independente do tipo de produto) ficam armazenadas até serem transportadas para os pontos de venda ou para o consumidor final, e muitas vezes pode fazer com que o processo de entrega a um consumidor demore mais que o esperado. É por isso que as lojas para delivery têm se tornado uma tendência, principalmente no setor de gastronomia. Na prática é um modelo de loja associado à compra online, que tem como importantes características a praticidade e a rapidez na entrega das mercadorias. No período pandêmico, esse tipo de logística se tornou mais frequente, configurando-se como uma importante  modalidade para muitos restaurantes.


“As pessoas querem tudo muito rápido. No caso da Comida Boa, neste formato de entrega, o pedido do nosso cliente chega em 20 minutos. Comida saudável, saborosa e com apresentação impecável pelo delivery é outro diferencial para nossos clientes. Por isso, indicamos este formato de vendas e entrega para quem está iniciando ou para quem já é estabelecido no setor da gastronomia”, finaliza a empresária Beatriz Nunes.


A força desse hub logístico também está na localização estratégica dessas lojas que é fundamental para regiões com alta demanda, afinal, os produtos são estocados de acordo com essas regiões. 
 
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