Mais um ano se aproxima e, no entanto, a pandemia afetou os sentimentos de fé e esperança coletivos. “São tempos diferentes. Muitos já sofriam de ansiedade, depressão e insônia, por exemplo, que se agravaram com o medo e pânico que tomaram conta da população nessa pandemia. Muitos se encontram desmotivados, sem esperanças, ou até mesmo vivendo o luto por um ente querido, diferentemente dos anos anteriores”, observa a terapeuta Paola Schiebel.
Confira 5 passos da especialista na Terapia do Equilíbrio, para você voltar a sonhar e ter esperanças para 2022:
Rede de apoio e acolhimento
Paola Schiebel lembra que é muito importante a rede de apoio de amigos e familiares para quem está enfrentando dificuldades. “Noto nos meus atendimentos o quanto a falta de apoio afeta e agrava os casos de depressão e ansiedade. É muito comum essas pessoas ouvirem que não têm força de vontade, que são preguiçosas, que não querem mudar e todo tipo de despropério. O que os parentes e amigos podem fazer, antes de mais nada, é não julgar. A pessoa que está sofrendo não precisa de julgamentos, ela precisa de acolhimento. Deixe claro para a pessoa que está ao seu lado que ela pode contar com você, e não tente se colocar no lugar dela porque isso é impossível. Esse termo que usamos muito “se coloque no lugar do outro” é algo inverossímil, pois nunca conseguiremos sentir e perceber as situações como o outro as sente e percebe”.
Saia da zona de conforto
Paola Schiebel confessa que já se sentiu distante desse sentimento coletivo de esperança que, em geral, acontece com a proximidade de um novo ano. “Inclusive já tive depressão, síndrome do pânico, crise de ansiedade, etc. E as 5 dicas que eu citei, também coloquei em prática na minha vida”.
A terapeuta também recomenda sair da zona de conforto. “Já atendi centenas de pessoas que superaram depressão e todo tipo de problema, mas todas elas tiveram que enfrentar seus medos e ir para a zona de desconforto. Como assim? Provavelmente você não vai querer meditar, ou fazer uma caminhada de 30 minutos, até porque o seu cérebro detesta novidades e faz de tudo pra manter a rotina. Então, mesmo sem vontade, você vai lá e faz. Porque sabe que é preciso e que será bom pra você. Isso é sair da zona de conforto”.
Carta no último dia do ano
Por fim, Paola Schiebel tem uma recomendação para ser aplicada no último dia do ano. “Deixe para trás todo tipo de peso desnecessário, mágoas e arrependimentos. Tem um exercício simples, mas muito eficaz que meus clientes fazem e adoram, e é perfeito para o último dia do ano. Se tem pessoas que você guarda mágoas e gostaria de dizer algo, mas não pode ou não consegue: pegue um papel, um lápis ou caneta e escreva uma carta para essa pessoa, falando tudo o que gostaria, sem censuras. Ao término, leia em voz alta, imaginando que a pessoa está ali na sua frente e depois pode queimar a carta. Desse modo, você já pode entrar no Ano Novo mais leve e em paz”, aconselha.