22/07/2020 às 23h28min - Atualizada em 22/07/2020 às 23h20min

O papel dos dados abertos na pandemia

Henrique Harmonia

Henrique Harmonia

Atualmente com Colunas em 10 Portais de Notícias, 5 Jornais e 1 Revista, além do Programa Em Harmonia, exibido em 36 emissoras do Brasil

Luis Haroldo de Mattos - Vice-Presidente de Tecnologia do CIASC
Nesta última década o conceito de dados abertos ganhou muito espaço nos debates sobre governança e administração pública no Brasil, e muito se tem discutido sobre a importância de que vários tipo de dados estejam disponíveis para a sociedade. Existem duas razões principais para defendermos essa ideia, a primeira é que os dados disponibilizados podem ser usados como fonte para pesquisas científicas e a segunda é que esses dados ajudam a imprensa e a população a fiscalizar as instituições.
 
E é claro que órgãos como o CIASC tem um papel importante nisso. Contamos com profissionais competentes, processos estabelecidos e a tecnologia necessária para o armazenamento de grande quantidade de dados. Muitos dos dados do governo já se encontravam dentro da nossa estrutura antes da pandemia, e nesse momento de crise temos trabalhado para conectar dados de outras plataformas: secretarias de estado, prefeituras, serviços privados de saúde, SUS, todos em um mesmo repositório. Esse trabalho tem sido realizado em parceria com secretarias como a SEA, a SECOM e a SES, com a CGE e com a Social Good Brasil (SGB), dentro do Núcleo Intersetorial de Inteligência de Dados (NIID), e graças a isso o governo de Santa Catarina tem acesso a informações diversas e complexas, todas num mesmo local.
 
Segurança também é um pré requisito para o sucesso de dados abertos, sendo assim é primordial garantir que eles estejam anonimizados antes de serem acessados pela comunidade de cientistas e estudantes que vai transformá-los em novos conhecimentos. Para essa anonimização foi feito um trabalho detalhado entre os especialistas em dados do CIASC e a vigilância epidemiológica, com validações de universidades e da SGB para garantir que nenhum dado possa ser rastreado à sua origem. Graças a esse trabalho os dados não podem ser utilizados para rastrear as pessoas que foram contaminadas, garantindo a proteção da privacidade dos cidadãos.
 
A Open Knowledge Brasil tem realizado um ranking para medir a transparência do trabalho de enfrentamento à COVID-19 no país. Ficamos muito orgulhosos em saber que o trabalho do NIID levou Santa Catarina a atingir a 3ª melhor pontuação nesse ranking, com 95 pontos de 100. Vamos continuar trabalhando nisso pois sabemos que garantir a abertura desses dados é empoderar com conhecimento nossos pesquisadores, jornalistas, e a população catarinense como um todo. 
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