17/05/2018 às 16h06min - Atualizada em 17/05/2018 às 16h06min
INCLUSÃO SOCIAL DAS MULHERES É TEMA DE PALESTRA EM COLORADO DO OESTE
Flávia Albaine, Defensora Pública que atua em Rondônia, é carioca, porém, foi na cidade onde mora atualmente que sentiu mais confiança para criar o projeto “Juntos pela Inclusão Social”.
Por conta de todo o seu trabalho, foi convidada para ministrar uma palestra no final de abril, em Colorado do Oeste (RO), intitulada “O poder da mulher na sociedade atual”.
Na ocasião, levou informações sobre os direitos e deveres para a sua plateia, majoritariamente composta por mulheres.
“Essa palestra faz parte do meu projeto sobre inclusão social, que tem como objetivo, dentre outros, a educação da população em direitos e a reflexão sobre temas inclusivos”, explica.
A luta das mulheres passando por Maria da Penha
Flávia levou a plateia a refletir sobre o empoderamento da mulher em nosso País nos dias atuais.
“Foi muito importante, pois nesse momento algumas mulheres se manifestaram dando seus depoimentos sobre como enxergam a situação da mulher e o machismo nos dias de hoje”, conta a ativista.
Posteriormente, foi feito um breve histórico das ondas feministas e das conquistas das mulheres ao longo dos anos, tais como o direito ao voto, o acesso às profissões liberais, o combate aos casamentos arranjados, a quebra de estereótipos na definição de mulher, o exercício da sexualidade e, principalmente, a igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres.
“Aproveitei para realçar o caso paradigmático no Brasil envolvendo violência doméstica: o caso Maria da Penha. Muitas não sabem do que se trata, mas foi objeto de apreciação pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos e que teve, dentre outros ganhos, a edição da lei brasileira de combate à violência doméstica contra a mulher: a Lei 11.340 de 2006”.
Segundo Flávia, é impossível falar da luta das mulheres sem citar Maria da Penha, assim como a sua história de sofrimento e de luta.
Combate ao estupro: um feito que deve ser constante
A Defensora também abordou a cultura do estupro e como isso deve ser combatido na atualidade.
“Lembrei do caso ocorrido no Rio de Janeiro em 2016, quando uma jovem de 16 anos foi estuprada por vários homens ao mesmo tempo. Expliquei que nada justifica o estupro e que a culpa por tal não pode ser imputada à vítima”, ressalta.
A palestrante levou a todas a refletirem como o machismo ainda está arraigado na cultura brasileira da atualidade e que muitas vezes podemos ser machistas sem percebermos.
“Para isso, há frases e situações corriqueiras do dia a dia para ilustrarmos, que ainda demonstram a presença da cultura machista, tais como: ‘mulher no volante, perigo constante’, ‘lugar de mulher é na cozinha’, ‘para conseguir tanto sucesso deve estar saindo com o chefe’, dentre muitas outras”.
Ao final, Flávia recebeu uma rosa vermelha juntamente a uma placa de agradecimento por sua participação.
“Felizmente, as pessoas gostaram e a repercussão foi muito positiva. É muito gratificante saber que posso fazer o bem e que as palavras possuem esse poder”, finaliza.
Saiba mais sobre o projeto “Juntos pela Inclusão Social” na Fan Page: www.facebook.com/juntospelainclusaosocial (Assessoria de Imprensa: Priscilla Silvestre)
