17/01/2023 às 15h04min - Atualizada em 18/01/2023 às 00h03min

Janeiro Branco destaca a importância do equilíbrio para a saúde mental

Sem equilíbrio as consequências sempre chegam na forma de muitos sofrimentos, de injustiças e de vários adoecimentos.

SALA DA NOTÍCIA PAULA BATISTA
Pixabay
A pandemia da covid-19 desencadeou um aumento de 25% na prevalência de ansiedade e depressão em todo o mundo segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Neste mês é realizada, em todo o território nacional, a 10ª edição da campanha Janeiro Branco. Ao estilo de outras inciativas associadas a cores como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, o Janeiro Branco (uma alusão ao início do mês como uma “página em branco” para ser preenchida) tem como causa chamar a atenção da humanidade para as questões e necessidades relacionadas à Saúde Mental e Emocional das pessoas e das instituições humanas.
A ação deste ano tem como tema “A vida pede equilíbrio” e busca conscientizar a sociedade de que sem equilíbrio, mais cedo ou mais tarde, nada para em pé, tudo desanda — e é sempre melhor prevenir do que remediar. Segundo a Dra. Claudia Panfilio, neurologista do Pilar Hospital, depois de quase três anos muito desafiadores devido à pandemia, quando já se viu um crescimento na quantidade de pacientes que chegavam aos consultórios com ansiedade e depressão, esse número continua crescendo, tendo em vista que muitas pessoas estão, somente agora, conseguindo um atendimento médico e especializado adequado.
“Os últimos três anos foram de grandes mudanças e adaptações. Alguns viveram conflitos domésticos, desemprego, medo da morte ou, como nós da saúde, sobrecarga de trabalho. Alguns ficam relembrando saudosamente o passado, outros paralisados aguardando um futuro sem restrições. Isso ativa negativamente nosso cérebro em um círculo vicioso”, alerta Dra. Claudia. “O segredo está em viver bem o presente, qualquer que seja ele. Achar alegria em cada coisa como estar com os filhos, elogiar o parceiro, preparar um almoço. Aprender com tudo”, afirma.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) relatam que o Brasil é o segundo país das Américas com maior número de pessoas depressivas, equivalentes a 5,8% da população (perde apenas para os EUA, com 5,9%). O estudo também afirma Brasil é ainda o país com maior prevalência de ansiedade no mundo (9,3%).
Fatores externos e também genéticos colaboram com este panorama, segundo Dra. Claudia. “Sabemos que algumas pessoas têm predisposição genética a depressão e ansiedade. As incertezas sociais também agravam o quadro. Acredita-se que o Brasil tenha um dos maiores índices de ansiedade do mundo devido a pobreza, desemprego e violência social”, avalia. “Entretanto, a ciência também prova que atitudes mentais e físicas mais positivas ativam circuitos neuronais que ampliam nossa capacidade de raciocínio, criatividade e, sobretudo, nosso sistema de recompensa, gerando um bem-estar muito mais sólido e duradouro”, completa.
Dra. Claudia é enfática ao afirmar que é necessário buscar pensamentos e atitudes positivas, como forma de 2023 ser um ano com mais saúde mental e equilíbrio.
 
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