13/01/2023 às 12h28min - Atualizada em 15/01/2023 às 20h04min

Fragilidade oral afeta saúde bucal dos idosos

Problema reduz a força dos músculos da mastigação, o que dificulta a higienização dos dentes e aumenta a hipossalivação

SALA DA NOTÍCIA Thaiane Muniz
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Com os avanços da pesquisa e desenvolvimento na ciência temos visto um aumento da expectativa de vida, levando a um processo mundial de envelhecimento da população. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2021, apontam que pessoas com 60 anos ou mais representam 14,7% da população no Brasil, o que equivale a 31,23 milhões de indivíduos. Com este cenário, muitos esforços científicos vêm sendo empregados com o objetivo de assegurar uma melhor qualidade de vida aos idosos, levando em consideração sua individualidade e complexidade clínica.

Na Odontologia, isso resulta no aumento da demanda de profissionais e serviços de saúde aptos a atender essa faixa etária. O perfil bucal do idoso está passando por uma mudança gradual ao decorrer dos anos, e isso é agravado quando se considera que muitos idosos não possuem tratamento odontológico necessário ou adequado. Por isso, o campo da odontogeriatria – ramo da odontologia que atua na saúde oral de idosos –, nos traz um olhar que compreende a individualidade do idoso. 

O envelhecimento é acompanhado de limitações físicas crescentes e um declínio gradual da função corporal. No domínio da saúde oral, isto é conhecido como “fragilidade oral”, um conceito que tem impacto na saúde geral, bem-estar e qualidade de vida e cuja prevenção ajuda os doentes a prolongar a sua vida saudável.

Estudiosos japoneses trouxeram o conceito de “fragilidade oral”, que é definido pela Sociedade Japonesa de Odontogeriatria como um pré-estágio de “hipofunção oral”, ou seja, uma diminuição da função da região, decorrente de doenças gengivais, cáries e redução natural da força oclusal e sarcopenia dos músculos da mastigação. “Essa condição pode prejudicar a atuação da língua e dos lábios e levar à má limpeza dos dentes e à secura da boca”, explica Marcela O´Neal, cirurgiã-dentista da GUM, marca especializada em produtos odontológicos.

A saúde bucal é afetada pela fragilidade geral, mas, em contrapartida, também a afeta. Nesse cenario é importante pensar em como manter a saúde bucal quando se está fragilizado e de como isso é parte importante para um envelhecimento saudável. É um desafio clínico e um desafio de saúde pública também.

De acordo com a cirurgiã-dentista, existe uma necessidade de novos modelos de atenção adaptados ao envelhecimento da sociedade é crescente. O melhor caminho é a prevenção para colocar as pessoas em uma boa trajetória quando são jovens e a prevenção da perda dentária ao longo da vida, lembrando que “Embora o número de dentes conservados seja importante, seu estado de saúde também é fundamental. Portanto, cuidar do corpo também conta com priorizar o cuidado com os dentes, investindo na escovação (ao menos 2 vezes ao dia) e na passagem do fio dental”, comenta. 


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