30/11/2021 às 17h23min - Atualizada em 01/12/2021 às 04h20min

Corpos enterrados em valas comuns em Manaus serão exumados

Prefeitura da capital amazonense anunciou que as 15 vítimas de Covid-19 que foram sepultadas de forma coletiva em abril e maio do ano passado receberão jazigos individuais; especialista do ramo funerário comenta especificidades do procedimento

DINO
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A pandemia de Covid-19 no Brasil teve em Manaus, logo no início da atual crise sanitária, um de seus capítulos mais dramáticos, quando a alta mortandade gerada pela transmissão do coronavírus Sars-Cov-19 levou o serviço funerário local à beira do colapso, fazendo com que cadáveres fossem enterrados em valas comuns no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, no bairro do Tarumã. 

Os sepultamentos coletivos ocorreram entre os dias 21 de abril e 16 de maio de 2020, quando a média de enterros diários nos cemitérios públicos da cidade saltou de 30 para mais de 100 - em abril, a capital amazonense chegou a bater um recorde de 140 enterros em 24 horas. Com o avanço da imunização contra a Covid-19, que já atinge 74,38% da população manauara com mais de 12 anos com o ciclo vacinal completo, e a consequente redução da média de funerais diários nos cemitérios públicos da cidade, que se encontra no patamar do período imediatamente pré-pandêmico, porém, a Prefeitura de Manaus se mobiliza para reparar aquela situação emergencial.

No início deste mês de novembro, no Dia de Finados, o prefeito David Almeida anunciou a exumação de 15 corpos que foram enterrados nas “trincheiras” - como foram chamadas, à época, as valas comuns -, para que sejam novamente sepultados, de forma individual.

"Manaus está numa situação mais tranquila em relação a tudo que se passou no ano passado e no início deste ano. Mas ainda tinha essa marca, dessas famílias que tiveram que ver o sepultamento de seus entes queridos em uma vala comum", afirmou o mandatário de Manaus à imprensa, na ocasião. "Nós já temos espaço para sepultá-las em sepulturas individuais de forma decente e honrada”.

Almeida informou que a Prefeitura entrará em contato com as famílias e acionará a Justiça para que “um sepultamento digno” possa ser dado “àquelas pessoas que não tiveram nem a oportunidade de ter uma cova, em função do momento difícil que Manaus passou no ano passado". Ainda não foi anunciado quando serão realizados a exumação dos corpos e os sepultamentos individuais.

Quando pode ocorrer um processo de exumação? 

A exumação de um corpo consiste em sua retirada do jazigo para que haja a liberação de espaço ou, em outros casos mais específicos, para que a causa da morte possa ser melhor esclarecida - este processo deve ocorrer, de acordo com as legislações municipais que regem a conduta, somente três anos após o enterro ou mediante medidas judiciais. Os ossos, então, são retirados da sepultura e colocados em urnas menores, gavetas ou vão para a cremação - no caso de mortes suspeitas, antes de irem para as urnas, os corpos passam por exames periciais.

Claudio de Luna, CEO da Luna Assist, grupo de empresas do ramo funerário, explica que a exumação de um corpo normalmente é solicitada por familiares do falecido para a liberação de um jazigo da família, “permitindo que, em caso de falecimento de algum parente, não haja desesperos ou dores de cabeça, sendo possível utilizar esse espaço para o sepultamento”.

Há, também, a possibilidade de a exumação ser solicitada pela Justiça em decorrência de investigações policiais ou quando é pedida a confirmação de paternidade do ente ‘post mortem’, sendo necessária a coleta de material genético. A família deve, necessariamente, estar presente nestes processos, e no caso específico de quando a exumação é determinada por ordem judicial, um oficial de Justiça também deve acompanhar o procedimento.

Luna ressalta que há, ainda, a possibilidade de a exumação ser solicitada pelo próprio cemitério, devido à superlotação do local. “Quando isso ocorre, o grupo funerário notifica a família tanto na contratação dos serviços, para que todos fiquem cientes, quanto próximo à data da exumação, para que todos possam se preparar para o momento e, caso queiram, realizar uma nova homenagem para aquele ente querido”.

Cremação de ossos

No processo de exumação, os coveiros devem usar luvas, respiradores e macacões para evitar contaminações por bactérias, baratas e outros insetos que cobrem o corpo. Pedaços de roupa e restos de pele do corpo humano são separados e levados a um aterro, enquanto os ossos são alocados em ossários ou incinerados. 

“A cremação de ossos além de comum é uma opção para quem deseja guardar com carinho as cinzas do ente querido e lembrar apenas os bons momentos que passaram juntos em vida”, diz Luna. “É um ótimo custo-benefício para quem está realizando a exumação, pois não exige a compra de jazigo ou ossário, com taxas pertinentes de manutenção para conservação daquele local”, completa.

Luna acrescenta, por fim, que a cremação de ossos, “além de preservar o meio ambiente, é o procedimento mais higiênico por se tratar de uma operação que evita a proliferação de doenças e contaminação do solo”. 

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