Além do alto índice de animais que são abandonados ou nascem e crescem nas ruas, há um outro problema que, em algumas cidades, pode até ser considerado como saúde pública, mas acaba ficando em segundo plano: a superpopulação desses bichinhos, que aumenta a cada ano, devido à falta de castração.
De acordo com os dados do Instituto Pet Brasil (IPB), existem mais de 54 milhões de cachorros em todo o país. Desse total, cerca de 2,69 milhões estão em condição de vulnerabilidade, ou seja, vivem sob a tutela de famílias ou pessoas em situação de rua ou classificadas abaixo da linha de pobreza.
Esse número apresenta uma realidade bastante alarmante, visto que a reprodução dos cães acontece em um curto período e tem a capacidade de gerar muitos filhotes de uma só vez. Por isso, é necessário enfatizar a importância da adoção responsável, que assume compromissos que ajudam a reduzir essa superpopulação, como a castração.
Atualmente, a medicina veterinária conta com diversas técnicas para realizar esse procedimento nos cães, sendo a esterilização cirúrgica a mais conhecida. Contudo, seja para quem busca por uma opção mais em conta ou prefere uma recuperação mais rápida, a castração química surge como uma alternativa em ascensão.
No Brasil, a prática é indicada apenas para cães machos, por conta do medicamento licenciado, mas o procedimento causa o mesmo efeito da castração por cirurgia. Portanto, se você pensa em adotar e está escolhendo nomes de cachorros masculinos, esse procedimento pode ser o ideal para seu futuro pet.
Assim como o método de esterilização cirúrgica, a castração química também provoca a perda da capacidade reprodutiva de maneira irreversível. A diferença entre os dois procedimentos está no preço e no tempo para execução e recuperação do cachorro – atributos estes que são mais favoráveis para a técnica química.
Dentre os métodos de castração química, é possível encontrar três categorias principais. A primeira é a aplicação de hormônios sintetizados; a segunda é a vacina imunocontraceptiva; e a terceira são os químicos esterilizantes inorgânicos. Esse último pode ser realizado a partir da injeção de gluconato de zinco neutralizado com arginina, cloreto de cálcio ou cloreto de sódio hipertônico.
Apesar de ser mais rápida, igualmente eficiente e por um preço menor, a castração química é delicada e deve ser sempre realizada por um profissional qualificado. Por isso, entre em contato com um médico veterinário de confiança para saber qual procedimento é mais indicado para o seu amigo de quatro patas.