Os cinco negócios que estão na Plataforma de Empréstimo Coletivo SITAWI, lançada pela SITAWI Finanças do Bem com o apoio do Instituto Sabin, já registraram empréstimos de R$ 330 mil. A plataforma foi lançada no dia 12 de junho, com o objetivo de permitir que pessoas e organizações invistam diretamente em negócios de impacto socioambiental positivo.
A captação se encerra em agosto ou antes, se a meta de todos os negócios for alcançada com antecedência. A soma dos valores pedidos pelas organizações é de R$ 1,5 milhão. Com menos de duas semanas de empréstimos, alguns negócios já passaram da metade do valor pretendido - caso da Cooperativa Ser do Sertão (confira o perfil mais abaixo), que chegou a 62% da meta De R$ 158 mil.
Para participar, os interessados poderão acessar o endereço www.emprestimocoletivo.net e pesquisar o perfil, impacto e projeções financeiras dos negócios, e investir na que escolherem, com valores a partir de R$ 1 mil. Os negócios usarão o dinheiro para alavancar suas operações, e pagarão juros de 1% ao mês pelo empréstimo. Dentro de até 24 meses os investidores terão recebido de volta todo o capital que emprestarem, acrescido dos juros. A operação é realizada através do modelo de P2P lending, em parceria com a CapRate.
As organizações que estão na plataforma foram selecionadas pela SITAWI Finanças do Bem com base no crescimento do negócio, na sustentabilidade financeira, no impacto e na liderança. Nos próximos meses, novos negócios poderão entrar na plataforma, o que levaria a captação a até R$ 2,5 milhões. "Trabalhar com finanças significa tomar decisões, julgamentos que pressupõem valores integrados nas decisões financeiras. Esses valores ficam entrelaçados no dinheiro e se movem na sociedade para construir o mundo. Dessa forma, o capital sempre se move com valores e cabe a nós decidir que valores são esses e o que colocamos na frente do dinheiro", diz Leonardo Letelier, fundador e CEO da SITAWI Finanças do Bem.
Democratização do investimento de impacto
A SITAWI Finanças do Bem foi pioneira em empréstimo coletivo de impacto no Brasil e agora expande sua atuação para diminuir barreiras rumo à democratização do investimento de impacto no Brasil. Por isso a escolha do modelo de crowdfunding, que já soma US$ 34 bilhões por ano em todo o mundo, e deve crescer 10 vezes até 2025. "O investimento de impacto tem crescido em reconhecimento e em valor movimentado, mas ainda há grandes barreiras para que o investidor comum possa aplicar seu dinheiro com mais propósito. Do outro lado, estão os negócios de impacto, que necessitam de capital para crescer e seguir impactando positivamente o meio ambiente e a vida de milhares de pessoas", comenta Andrea Resende, Gerente de Finanças Sociais da SITAWI.
Com esse espírito, a plataforma de empréstimo coletivo surgiu por iniciativa da SITAWI, com dez anos de experiência e histórico em investimento de impacto, e do Instituto Sabin, com articulação e foco em inovação em finanças sociais. O aporte inicial do Instituto foi de R$ 500 mil, em uma estrutura de blended finance, em que o capital filantrópico é usado para subsidiar a operação, prover investimento âncora e atrair investidores de mercado.
Fábio Deboni, gerente executivo do Instituto Sabin, explica que a plataforma é semelhante à vaquinha coletiva, só que com um viés diferente: os recursos são captados como empréstimos, não como doações. "Nosso objetivo é que o investimento do Instituto alavanque mais recursos de pessoas físicas e jurídicas", explica.
Além de trazer recurso novo para organizações com poucas opções de empréstimo disponíveis, a plataforma visa a consolidar o financiamento coletivo como instrumento financeiro de impacto. "Com essa iniciativa as organizações de impacto social terão oportunidade de obter empréstimos a uma taxa de juros razoável, o que não é possível atualmente nos bancos públicos e privados", elogia Fábio.
A 1° Rodada de Empréstimo Coletivo tem como parceiro estratégico o Instituto Sabin e, como parceiros de desenvolvimento, a CapRate, a Oficina de Impacto e a TozziniFreire Advogados. Para saber mais sobre os negócios e participar como investidor, acesse www.emprestimocoletivo.net.