27/06/2024 às 16h51min - Atualizada em 28/06/2024 às 20h03min

Unicef e Ação Educativa discutem indicador de qualidade para EM

Organizações realizam seminário sobre projeto piloto de implementação dos Indicadores da Qualidade no Ensino Médio

AGêNCIA PAUTA SOCIAL
Agência Pauta Social
Divulgação/ Banco de Imagens
Ação Educativa e UNICEF realizam seminário para discutir projeto piloto de implementação dos Indicadores da Qualidade no Ensino Médio

O objetivo é refletir os resultados da aplicação dos Indicadores da Qualidade no Ensino Médio, valorizando as vozes juvenis e das comunidades escolares

Na próxima segunda-feira, dia 1 de julho, a Ação Educativa em parceria com o UNICEF, realizam um seminário sobre a aplicação inédita dos Indicadores da Qualidade no Ensino Médio em duas escolas, uma localizada na cidade de São Paulo – Escola Técnica Estadual do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza - CEPAM – e outra na cidade de Embú das Artes- EE Professora Maria Aparecida da Silva Faria Ries.

O objetivo da aplicação é contribuir para a construção de um ensino médio de qualidade por meio do estímulo à autoavaliação participativa escolar em todo o país. Um processo que propõe pensar a qualidade da escola pública por meio de processos participativos que envolvam estudantes, equipes gestoras, professoras/es, familiares, funcionárias/os, coletivos juvenis e outros atores no processo de avaliação da qualidade.

“Neste momento do país, em que o ensino médio é objeto de grandes debates, polêmicas e disputas, Ação Educativa e UNICEF esperam que, com este material, a comunidade escolar possa promover discussões e reflexões sobre o que significa uma escola de qualidade, que faça sentido para adolescentes e jovens”, afirma Claudia Bandeira, assessora da Ação Educativa.

Nessa perspectiva, o material busca estimular o reconhecimento dos acúmulos da escola e a construção coletiva de propostas de ação escolar sobre os desafios a serem enfrentados em favor de uma educação comprometida com a formação integral de estudantes críticos, autônomos e criativos. “A publicação está em sintonia com a missão da Ação Educativa comprometida com a garantia do direito de jovens à participação e de uma educação de qualidade, que supere as profundas desigualdades educacionais do país”, afirma Claudia.

INDIQUES - A publicação Indicadores da Qualidade no Ensino Médio foi lançada em dezembro de 2018 fruto de um trabalho de quatro anos que envolveu estudantes, profissionais de educação, pesquisadoras e pesquisadores, ativistas de coletivos juvenis, organizações da sociedade civil e movimentos sociais de várias regiões do país. A publicação integra a Coleção Indicadores da Qualidade na Educação composta por outros quatro volumes: Indicadores da Qualidade na Educação Infantil, Indicadores da Qualidade no Ensino Fundamental, Indicadores da Qualidade na Educação – Relações Raciais na Escola - Antirracismo em Movimento e Indicadores da Qualidade na Educação – Relações Raciais na Educação Infantil

Seminário Indicadores da Qualidade no Ensino Médio
1 de julho, 18h às 21h30
Local: Ação Educativa (Rua General Jardim, 660 - Vila Buarque, São Paulo-SP)




Claudia Bandeira (Ação Educativa)
Julia Ribeiro (Unicef) 

Mesa 1: Participação, Gestão Democrática e Qualidade na educação

Jaqueline Lima Santos (Pesquisadora UNICAMP)
Doutora em Antropologia Social pela Unicamp e Harvard Alumni Fellow. Pós-doutora em Primeira Infância pela FMUSP e pós-doutoranda em antropologia social na Unicamp. Atua como diretora de projetos, professora, pesquisadora e consultora nas áreas de equidade, raça, gênero, diversidade, educação, infância e juventude e história e cultura afro-brasileira e africana.

Erika Caracho (Gestora ETEC CEPAM)
Graduada e Mestre em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas - SP. Doutoranda em Administração pela UnB. É professora na Escola Técnica Estadual - Etec CEPAM e atualmente está na direção geral da escola.

Ney Rodrigues (Estudante EE Márcia Ries)
Muitos conhecem como Ney, poeta e estudante afrodescendente, um jovem que procura harmonia em meio ao caos do mundo, e como consequência, harmonia no ensino.

Andressa Barbosa da Costa (Estudante EE Márcia Ries)
Tenho 17 anos, faço parte do coletivo de danças urbanas Xeque Mate Hip Hop Dance Crew. O que  eu gosto de fazer é dançar e estar com o meu grupo. Meu sonho é viver da arte e compartilhar cada vez mais  o meu conhecimento sobre a cultura.

Mesa 2: A participação e a redução das desigualdades de raça e gênero na educação

Suelaine Carneiro (Geledés)
Socióloga, mestre em educação, coordenadora de educação e pesquisa de Geledés – Instituto da Mulher Negra e compõe a rede de ativistas do Fundo Malala.

Professor Toninho (Gestor E.E. Marcia Ries)
Antônio de Jesus Rocha, é  Professor de História aposentado e diretor de Embu há 6 anos. Participa do GEPUD - GRUPO ESCOLA PÚBLICA E DEMOCRACIA.

Vinicius Dilon (estudante)
Com 18 anos e atualmente estudante de técnico em serviços públicos, na Etec Cepam. Sua comida favorita é queijo, seu animal é o urso pardo e, mais do que tudo isso, ele gosta de cantar.

Maria Antonia (Estudante)
Tem 17 anos, e estudante do 2° ano do ensino médio com habilitação em serviços jurídicos, sou cinéfila e gosto muito de música, um ensino médio de qualidade para ela, é baseado em uma educação equalizada, em que todos têm acesso aos recursos básicos que demandam esse ensino, tendo um ambiente democrático e saudável entre os alunos, professores e coordenação/ direção.

Novo Ensino Médio: quais são os desafios?

Em 2023, admitindo as muitas limitações do Novo Ensino Médio (NEM), em especial o aprofundamento das desigualdades educacionais, o Ministério da Educação (MEC) realizou uma consulta pública para avaliar e reestruturar a política para essa etapa em todo o país que foi implementada sem escuta das comunidades educacionais e estudantes. A consulta não deixou dúvidas que a sociedade brasileira quer um outro Ensino Médio, e foram feitas várias propostas para reverter os retrocessos trazidos pela lei atualmente em vigor.

No entanto, o PL 5.230/2023 que estabelece o Novo Ensino Médio e tramita no Congresso Nacional ainda traz muitos desafios - abre brechas para o ensino à distância (EaD) e a privatização da educação. As precarizações ficam evidentes na regulação do ensino técnico profissionalizante, modalidade em que fica permitida a contratação de docentes por “notório saber” – isto é, sem necessidade de formação em docência e em suas áreas específicas. Também no ensino técnico permanece a possibilidade de que organizações privadas ofertem ou assessorem cursos dos itinerários – um aceno aos interesses privatistas.

Também é preciso explicitar que os componentes curriculares que compõem a FGB são: Artes, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Língua Espanhola, Matemática, Química e Sociologia. A recomposição das 2.400 horas da FGB precisa ser acompanhada dos conteúdos disciplinares que lhes dão substancialidade e propiciam uma formação sólida aos/às estudantes. Assim, deve-se explicitar que os componentes curriculares integrantes da FGB, citados nominalmente, são de caráter obrigatório. A maioria das escolas privadas do país assegura todas as disciplinas para seus/suas estudantes.[1] 


Como participar do evento?

O evento é gratuito, realizado presencialmente na sede da Ação Educativa, localizada na Rua General Jardim, 660, Vila Buarque - São Paulo.
   
  • Programação:
 
  • Apresentação dos resultados da aplicação dos Indicadores da Qualidade no Ensino Médio pelas/os gestoras/es e estudantes.
  • Reflexão das experiências junto com educadoras/pesquisadoras convidadas.
  • Discussão do contexto: contrapontos Indique EM e parecer do Projeto de Lei ao PL 5.230/2023 que estabelece o “Novo Ensino Médio”.
  • Participação e redução de desigualdades educacionais como agendas centrais da qualidade na educação.

Não é legal completar a frase falando como se dá na  escola pública..?

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PIETRA NELLI NOBREGA MONTEAGUDO LARAVIA
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