10/06/2024 às 09h56min - Atualizada em 10/06/2024 às 16h00min

Crédito: 1/3 das PMEs utilizam empréstimos para investir no próprio negócio, revela pesquisa da Serasa Experian

BRUNA LEONE
divulgação
  • Levantamento traz as finalidades do crédito para as PMES
 
  • Estudo mostra que modalidade é usada ainda para capital de giro a fim de ter um fluxo de caixa mais saudável e compra de matéria prima
 
  • No recorte por setores da economia, comércio amplia percentual dos objetivos de uso do crédito

São Paulo, 10 de junho de 2023 – A Serasa Experian realizou uma pesquisa inédita para entender o que leva as PMEs a solicitarem crédito no mercado, em suas diferentes modalidades, como empréstimos, rotativo do cartão e antecipações de recebíveis. Os dados mostram que há diferenças entre as razões que levam a cada opção, bem como diferenças de acordo com o setor de atuação.

Quando falamos de empréstimos os destaques em termos de finalidade estão concentrados em investir no próprio negócio. Para 33% dos respondentes, essa é a principal razão para solicitar empréstimo. Já para outros 22% das PMEs, ter um fluxo de caixa mais saudável/capital de giro é o que as motiva. As empresas mencionam ainda compra de matéria prima (13%), pagar contas antes de atrasar (11%), investimentos em marketing, comunicação e vendas (10%) e, por fim, conseguir melhores negociações com fornecedores (10%).
Por outro lado, a opção do rotativo do cartão de crédito apresenta uma função de “emergência”. As PMEs participantes da pesquisa afirmam que utilizam para pagar contas antes de atrasar (21%), comprar matéria prima (21%) e ampliar capital de giro (18%).

Por fim, quando a modalidade é antecipação de recebíveis, as principais funções, empatadas em percentual, são ampliar o capital de giro (21%) e equilibrar o fluxo de caixa (21%), além de realizar investimentos no próprio negócio (20%).

De acordo com o vice-presidente de PMEs da Serasa Experian, Cleber Genero, “antes da tomada de crédito, um planejamento fundamental para as PMEs é entender a finalidade e a necessidade desse montante. A partir daí, o empreendedor pode se planejar para escolher modalidades e condições que sejam mais vantajosas para o seu negócio e capacidade de pagamento.”

Finalidades por setores da economia
Os dados mostram ainda que os motivos pelos quais os empreendedores utilizam o crédito mudam de acordo com o setor de atuação das PMEs e com o tipo de modalidade.
O empréstimo para obter um capital de giro/ter um fluxo de caixa saudável também cresce quando olhamos especificamente para o comércio. O percentual chega a 30% no setor contra 22% no recorte geral.

38% das empresas de serviços e 34% das indústrias afirmam que utilizam o empréstimo (como conta garantida etc.) para investir no próprio negócio (versus 33% na visão geral).
Na terceira opção, para a aquisição de matéria prima ou produtos, também destaca-se o comércio, com 30%, contra 13% no geral. Outro destaque do setor de comércio é a utilização do empréstimo para conseguir melhores negociações com fornecedores à vista. Segundo a pesquisa, essa finalidade no segmento é de 30% contra apenas 10% quando olhamos o total da amostra.

Já a opção do rotativo do cartão de crédito por setor tem como destaque o aumento de 3.p.p. no uso para o pagamento de contas antes de atrasar por parte do comércio.
Por fim, quando olhamos as opções de recebíveis por setor o destaque também é o comércio. 21% das PMEs dentro desse recorte utilizam a opção para conseguir melhores negociações com fornecedores, um aumento de 12p.p.. 

“Vimos que as necessidades das PMEs para o uso do crédito estão muito ligadas as necessidades primárias do seu dia a dia e, muitas vezes, funciona como um combustível para aquisições, por exemplo, que não poderiam ser realizadas à vista. Entender, com dados, as necessidades das pequenas e médias empresas por setor, por exemplo, traz insights importantes sobre o acesso ao crédito e dores dessas empresas”, complementa Cleber Genero.

Metodologia e amostra
A pesquisa envolveu uma amostra representativa de 522 PMEs, considerando a classificação estabelecida pelo SEBRAE. A pesquisa buscou abranger diversos setores, incluindo comércio, serviços e indústria, bem como empresas que atuam tanto no mercado B2B quanto no B2C. Foram incluídos cargos de coordenadores, gerentes, diretores, sócios e proprietários, desde que fossem maiores de 18 anos. A coleta foi realizada por meio de painel online e a margem de erro foi de 4% com um intervalo de confiança de 95%. Foram excluídas da amostra associações, federações, igrejas e outros órgãos religiosos.

 

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Bruna Leone Romancini
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