21/05/2024 às 12h08min - Atualizada em 22/05/2024 às 04h07min

Especialista comenta caso de adolescente que matou família por raiva

Psicólogo Alexander Bez fala sobre triplo assassinato familiar em São Paulo

MáRCIA STIVAL ASSESSORIA
Márcia Stival Assessoria
Divulgação/Internet

Na última semana, um adolescente de 16 anos matou seu pai, sua mãe e sua irmã dentro de casa, em São Paulo. O jovem usou uma arma do pai, que era Guarda Civil Municipal, para cometer o crime e afirmou que matou a família porque estava com raiva. 

O garoto contou à polícia que foi chamado de "vagabundo" pelos pais e ficou sem acesso ao celular no dia anterior ao assassinato. O caso foi registrado como ato infracional por homicídio, feminicídio, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e vilipêndio de cadáver.

O psicólogo Alexander Bez, especialista em saúde mental, explica que houve uma ação intencional-consciente, pautada por um triplo assassinato familiar: “Psicologicamente falando, quando há um massacre no ambiente familiar, existem muito mais motivos pessoais envolvidos do que apenas uma crueldade típica.”, salienta Bez.

De acordo com o especialista, o adolescente pode apresentar elevadíssimos níveis de psicopatia, agressividade direcionada (à família) e comportamento violento. Alexander lembra que a psicopatia não é apenas caracterizada pela loucura, mas também por uma típica maldade, que se faz invariavelmente imutável. 

“Vale ressaltar que esse tipo de condição já existia na forma de ‘agressão inata’, a proibição do uso do celular foi apenas o gatilho necessário. O próprio motivo, o método usado e a crueldade aplicada endossam, sem sombra de dúvidas, o grau da maldade contida no ato.”, explica o psicólogo.

“Na psicologia, chegamos a conclusão que esse tipo de assassino, ou já nasceu assim, sendo geneticamente estruturado, ou pode ter ficado assim, por algum trauma severo até os 5 ou 6 anos de idade. Muito provavelmente, ele já possuía o ‘instinto assassino’, sendo essa crueldade como a que fez com a família, uma questão de tempo e do estímulo específico para acontecer, infelizmente. Pessoas com psicopatias como essa, não têm limites à frustração e qualquer ação contrária aos seus desejos podem ser fatais.”, finaliza o especialista.

O menor infrator afirmou que não se arrepende e cometeria o crime novamente. Após confessar para a polícia, foi ouvido no 87º Distrito Policial e encaminhado para a Fundação Casa.


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MARCIA ROSANE STIVAL
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