14/05/2024 às 10h09min - Atualizada em 15/05/2024 às 00h02min

A saúde mental das pessoas diante do impacto psicológico dos desastres naturais.

Na sequência de um desastre natural, os sobreviventes frequentemente experimentam um turbilhão de emoções, que vão desde o choque e a incredulidade até uma tristeza profunda e medo.

SAMANTHA DI KHALI
Dra. Karina Chernacov

Desequilíbrio nos ecossistemas, destruição de vegetação; Proliferação de doenças, morte, extinção de animais, prejuízos financeiros, destruição da economia local; Contaminação dos mares, rios e solos. Estes são alguns efeitos de catástrofes climáticas ou naturais, de enchentes a terremotos.

Os desastres naturais não apenas causam estragos na infraestrutura e paisagens, mas também deixam uma marca profunda na psique coletiva das pessoas e comunidades afetadas que são expostas a inúmeras fontes de sofrimento, onde além da destruição física imediata, o impacto psicológico do luto pode perdurar por anos, remodelando o tecido social e as vidas individuais. Compreender esse impacto é crucial para os esforços eficazes de recuperação e construção de resiliência.A psicóloga e terapeuta, Dra.Karina Chernacov, especializada no tratamento de pessoas vítimas de trauma, é mediadora familiar da suprema corte na Flórida nos Estados Unidos, explica como esses impactos afetam a saúde mental.

Na sequência de um desastre natural, os sobreviventes frequentemente experimentam um turbilhão de emoções, que vão desde o choque e a incredulidade até uma tristeza profunda e medo. A perda repentina de entes queridos, lares, negócios e meios de subsistência pode desperdiçar o senso de segurança e estabilidade, deixando os indivíduos se sentindo vulneráveis e sobrecarregados. Esse trauma inicial prepara o terreno para um período prolongado de luto e ajuste.

Os impactos após os desastres são significativos. Comunidades são forçadas a deslocar-se, rotinas diárias são interrompidas, e marcos familiares são perdidos, deixando para trás uma paisagem de incerteza e caos. Essa ruptura com a normalidade amplifica os sentimentos de luto e desorientação, à medida que as pessoas se esforçam para compreender e se adaptar à sua nova realidade.

Os impactos sobre a saúde mental podem se manifestar de várias maneiras entre os indivíduos e as comunidades. Alguns podem apresentar sintomas de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), como flashbacks, pesadelos e hiper vigilância, enquanto outros podem enfrentar depressão, ansiedade ou culpa de sobrevivente. Além disso, a perda de coesão comunitária e redes de apoio social pode agravar sentimentos de isolamento e desespero.

Segundo a psicóloga, Karina Chernacov, o luto após um desastre natural é um fenômeno complexo e multifacetado que exige atenção e empatia tanto dos formuladores de políticas quanto da sociedade como um todo. As manifestações psicológicas surgem de forma multifacetada, ou seja, mostram-se episódios de desorganização psíquica e ansiedade com duração e temporalidade variável.

A Assistência psicossocial deve ser prioridade após tragédias e desastres naturais. Torna-se essencial a prevenção do estresse pós-traumático e dos casos de ansiedade generalizada e depressão. Isso envolve investir em infraestrutura de saúde mental, promover iniciativas de construção de resiliência comunitária e fomentar uma cultura de preparação que capacite indivíduos e comunidades a lidarem com a adversidade.

Ao reconhecer o impacto psicológico dos desastres e investir em esforços de recuperação holística, cria-se uma rede de apoio aos sobreviventes em sua jornada rumo à cura e à resiliência.

Saiba mais sobre a psicóloga Karina Chernacov pelo instagram:

@Karina.chernacov

 


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Samantha di Khali Comunica
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