13/05/2024 às 06h16min - Atualizada em 14/05/2024 às 00h04min

Quem ama liberta

Do medo para o entusiasmo, da insegurança para a confiança

MANUEL LAHOZ
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Conforme a tradição da espécie uma águia construiu seu ninho nas fendas protetoras do lugar mais alto de um pico rochoso. Abaixo de seu ninho somente o abismo e o ar, o “vazio”. Criou seus filhotes com todos os cuidados, e agora sente que eles estão prontos para sair do ninho e voar, por isso gentilmente os empurra para fora do ninho, para o abismo. Seu coração de mãe se acelera, percebe que estão resistindo, e pensa:
            “Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair?”.

A águia não sabe que só somos corajosos quando fazemos algo que temos medo de fazer, e que, algo que fazemos pela primeira vez sempre nos causa certa ansiedade quando somos saudáveis. Com certeza seus filhotes estão estranhando a mudança de seu comportamento: até ontem os protegia do abismo, agora os empurra para ele.
A águia não tem resposta para sua pergunta, mas sabe que sua missão de mãe só será completará quando der o último empurrão em seus filhotes atirando-os no abismo, para que voem. Cheia de medo, corajosamente ouve sua voz interior, e seguindo sua intuição continua empurrando os filhotes, e se faz mais uma pergunta:
“E se não funcionar? E se não conseguirem voar?”.
Ela sabe que eles ainda não descobriram suas azas, e que enquanto não o fizerem não haverá propósito para suas vidas. Sabe que enquanto não aprenderem voar não compreenderão o privilégio que é ser uma águia. Sabe que o empurrão para o abismo é o empurrão para a liberdade de “poder ser”, sabe que é o maior presente que pode lhes oferecer; é um ato supremo de amor.

Quem ama liberta.
Então, um a um, ela os precipita para o abismo...E eles voam.
Imagine o que um filhote de águia sente quando ao despencar no abismo começa a bater suas azas e descobre para que elas servem, e ao mesmo tempo descobre que existe o voar, que ele pode voar, e ir aonde quiser.
Do medo para o entusiasmo, da insegurança para a confiança, do apático comodismo enfadonho e cansativo para o confortável e dinâmico prazer da aventura, um mergulho no mar de possibilidades e oportunidades de realizações.
Aprendemos errando, e só pode errar quem faz. Quem não faz já errou. Só pode aprender quem se permite escolher fazer. Você só pode se encontrar totalmente quando for completamente você, e tudo isso só tem um lugar para acontecer: dentro de você.
Você escolhe ser você, ou não ser; pois outro você não pode ser. Se você não escolher ser você alguém escolherá “alguma coisa” para você ser.
Quando Deus lhe deu Sua Vida, você assumiu dois grandes compromissos com Ele: ser você, e fazer você feliz.
As escolhas são sempre suas, e a pior de todas é escolher não escolher. Fazendo suas escolhas, se não der certo você pode mudar, pois você estará no comando. Se outro escolher por você, se não der certo, nada você pode fazer, pois o outro estará no comando.

“Enquanto você não descobrir sua genialidade e se permitir manifestá-la, ninguém descobrirá que você é um gênio” (Leunam Zohal)


Manuel Lahoz
Médico | Psicoterapeuta cognitivo| Perito Médico Federal

 

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MANUEL CASTRO LAHOZ
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