13/05/2024 às 15h07min - Atualizada em 14/05/2024 às 00h03min

Por que baratas e ratos sobrevivem a enchentes

Biólogo explica os motivos que levam esses animais a saírem de seus habites naturais e irem à superfície

LíVIA BRANDãO DE CAMPOS
Divulgação
As enchentes devastadoras que vêm atingindo diversas regiões pelo Brasil não apenas causaram danos materiais e humanos, mas também desencadearam uma infestação de ratos e baratas, levantando sérias preocupações de saúde pública. Uma pesquisa da Universidade de Sussex revelou que existem cerca de 500 baratas por habitante no mundo, e as enchentes agravam essa situação ao forçar esses animais a migrarem para áreas habitadas.
 

Ratos e baratas, que normalmente residem em galerias de esgoto e áreas subterrâneas, foram impelidos pelo instinto de sobrevivência a buscar refúgio em locais secos e elevados. “Esses animais têm a capacidade de nadar e flutuar, mas são suas adaptações anatômicas e fisiológicas que realmente permitem um rápido deslocamento em tais condições”, explica o professor Enios Carlos Duarte, coordenador do curso de biologia do UNASP.
 

A migração em massa para áreas residenciais e comerciais não é apenas uma questão de incômodo, mas também de saúde pública. Esses animais são vetores conhecidos de diversas doenças, como a leptospirose, transmitida pela urina de ratos, e a salmonelose, frequentemente associada às baratas.
 

Além dos riscos à saúde, a infestação também acarreta prejuízos econômicos significativos. Estabelecimentos comerciais, especialmente aqueles relacionados à indústria alimentícia, podem sofrer danos à sua reputação e perdas financeiras devido à contaminação de produtos e à necessidade de medidas de controle de pragas. Portanto, é essencial que a comunidade e os órgãos responsáveis trabalhem juntos para implementar estratégias de manejo integrado de pragas, visando à proteção da saúde pública e à minimização de impactos econômicos.
 

“É crucial que medidas preventivas sejam tomadas para controlar a população desses animais e minimizar os riscos à saúde pública. Ações como a limpeza de áreas propensas a acumular água e lixo podem ajudar a reduzir a presença de ratos e baratas.” Finaliza o especialista.

 

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LIVIA BRANDAO DE CAMPOS
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