22/04/2024 às 17h56min - Atualizada em 23/04/2024 às 00h00min

Gaúchas se mantêm conservadoras em seus investimentos

Em movimento contrário do cenário nacional, gaúchas reduzem os investimentos em Renda Fixa e Fundos, migrando para aplicações em Previdência e Certificados de Operações Estruturadas (COEs)

Silvia Dias da Costa
Divulgação Santander

Mesmo diante do ciclo de queda da taxa básica de juros (Selic), iniciado em agosto de 2023, as mulheres permanecem fiéis a investimentos conservadores. É o que mostra levantamento realizado pelo Santander Brasil entre 2022 e 2023 com clientes da instituição. No estudo, o patamar aplicado em Certificados de Depósitos Bancários (CDB), Letras de Crédito do Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), títulos do Tesouro Direto e até na poupança permaneceu o mesmo de um ano atrás: 53%.

No Rio Grande do Sul, segundo levantamento do Santander, as mulheres fizeram um movimento tímido, mas contrário ao cenário nacional. Os investimentos em Renda Fixa caíram de 57% para 56%. Os fundos de investimentos também perderam espaço na carteira feminina no estado de um ano para outro, caindo de 13% para 11% do total dos investimentos entre 2022 e 2023. Os números indicam uma migração para aplicações em Previdência, em um ponto percentual, e em Certificados de Operações Estruturadas (COEs), em dois; mantendo ainda assim uma postura conservadora.

No cenário nacional, surpreendentemente, o comportamento adotado pelos homens – que geralmente se arriscam mais – também foi na direção do conservadorismo: eles elevaram a parcela em renda fixa no mesmo período de comparação, de 50% em 2022 para 52% em 2023. “Os dados mostram que as mulheres são mais disciplinadas em suas aplicações e, mesmo em anos desafiadores como o ano passado e o anterior, elas mostraram persistência”, diz Luciane Effting, executiva responsável pelo Santander AAA.    

Esse comportamento foi mostrado também na 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela Associação Nacional das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), mostrando as mulheres pensam na segurança financeira ao investir, quesito que lidera as motivações delas desde a primeira edição da pesquisa, em 2018. 

Previdência                    

Quando o tema é previdência, observando as movimentações em todo Brasil, a constância também é um aspecto percebido entre as investidoras, com uma pequena elevação de 27,7% do total da carteira em 2022 para 28,4% em 2023. Os homens também não registraram grandes movimentos de um ano para outro, mas com uma parcela um pouco menor da carteira: 24%. “Quase 30% da carteira de previdência confirma que elas são mais disciplinadas e preocupadas com o seu futuro”, afirma Luciane.


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