22/04/2024 às 11h19min - Atualizada em 22/04/2024 às 14h05min

Pais “acompanhando” filhos em entrevista de emprego: por que isso acontece?

Pais mais atrapalham que ajudam nesse momento!

Aroldo Antonio Glomb Junior
www.kakoi.com.br
Divulgação

Basta ter um diploma de graduação e desenvolver habilidades necessárias para que os candidatos da Geração Z possam ser chamados para entrar nas empresas, correto? Na verdade, há alguns entraves que ganharam a luz do dia em uma pesquisa divulgada em dezembro de 2023, pela Intelligent.

A pesquisa traz alguns detalhes comportamentais relacionados com exigências salariais fora do escopo, falta de contato visual nas entrevistas e falta de preparo destes recém-formados:

“Muitos desses candidatos foram nas entrevistas totalmente desinformados com relação ao cargo e as funções para as quais estavam concorrendo, além disso, alguns acompanhados pelos pais e essas atitudes passam a impressão de total dependência em certos aspectos” explica Karina Pelanda, Coordenadora de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA.

A especialista explica que a nova geração tem inúmeras virtudes, mas estarem conectados com tecnologia criou uma certa dificuldade com a interação física. Muitos são tímidos e encontraram na internet uma maneira de se soltar, portanto, quando há situações em que é preciso falar olho no olho, estes candidatos se sentem mais confortáveis com os pais por perto.

“O problema é que no dia a dia os pais não estarão na retaguarda. Essa falta de habilidade em lidar com situações que podem ser estressantes está atrapalhando processos de recrutamento, seja em entrevistas online ou presenciais. A pesquisa mesmo mostrou que nas conversas online, 21% dos candidatos da Geração Z se recusaram a ligar a câmera, possivelmente pela presença de um país durante a conversa. As empresas percebem essa situação como negativa”.

Pelanda lembra que muitos jovens ainda não tiveram uma experiência de trabalho real, portanto não sabem ainda o que esperar. Entender um pouco sobre como são os salários oferecidos pelo mercado ajuda a criar uma expectativa mais realista:

“Mais do que descobrir o que o candidato aprendeu na universidade, os recrutadores querem conhecer o comportamento individual, como respondem e se os candidatos conseguem interagir com outras pessoas, detalhe que fará toda diferença caso seja contratada” finaliza Karina.

A pesquisa aponta que 63% dos gestores tem a ideia de que o recém-formado não sabe as exigências das vagas, enquanto 61% chegam atrasadas e 59% dos entrevistados.


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