15/04/2024 às 10h10min - Atualizada em 16/04/2024 às 00h06min

Entidades se unem para apresentar solução ao mercado de créditos de carbono

Modelo da Tero Carbon atende à necessidade por uma solução viável e com metodologia 100% nacional

Vanessa Gonçalves
Unsplash/Adam Smigielski

Entidades se unem para apresentar solução ao mercado de créditos de carbono

Modelo da Tero Carbon atende à necessidade por uma solução viável e com metodologia 100% nacional

 

Segundo levantamento da McKinsey, nos últimos dez anos as movimentações financeiras em torno do setor de crédito de carbono saltou de US$ 200 milhões para US$ 1 bilhão. E, caso siga avançando na mesma direção, estima-se que, até 2030, chegue a US$ 50 bilhões. O estudo também aponta que o Brasil pode ser um grande protagonista deste cenário, visto que concentra 15% do potencial global de captura de carbono por meios naturais.

Com essa perspectiva, o país passou a vislumbrar a possibilidade de atrair investimentos e, quiçá, liderar a pauta ambiental. Um dos primeiros passos para materializar esta oportunidade passa pela regulação do setor, para que o mercado voluntário possa dividir o protagonismo também no regulado.

Diante de tamanho potencial, uma série de entidades se uniu para apresentar uma solução viável para o mercado de créditos de carbono no país.

"Dessa busca por certificadoras com processos mais simples, ágeis e confiáveis, surgiu a Tero Carbon, certificadora digital brasileira de ativos ambientais, como os créditos e estoque de carbono", explica Francisco Higuchi, CEO da Tero Carbon e doutor em Ecologia e Manejo de Florestas Tropicais (UFPR/INPA/ FFPRI Japão).

O modelo da certificadora foi desenvolvido com o apoio de diversas instituições, como a Federação Nacional das Indústrias do Estado da Amazônia (FIEAM), da Associação Comercial do Amazonas (ACA), da Incubadora de Empresas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (IE-INPA), entidade ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e da venture builder VB92 Launch Hub.

Além disso, a iniciativa também conta com o apoio do pesquisador do INPA e prêmio Nobel da Paz, Niro Higuchi, junto a outros cientistas que atuaram no Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) da ONU, e do professor e pesquisador José Alberto da Costa Machado, que trabalhou ao lado de instituições como Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e INPA.

"O apoio desses importantes atores foi fundamental para construção de uma solução confiável como a Tero Carbon. Afinal, trata-se de uma empresa que contribui de fato com a mitigação dos efeitos relacionados às mudanças climáticas, pois tem como norte um modelo que atende aos rigorosos critérios dessas entidades, além de uma metodologia 100% nacional, cuja função é garantir o máximo aproveitamento dos recursos de forma consciente", afirma o CEO Francisco Higuchi.

A ampla experiência da Tero Carbon no desenvolvimento de projetos de carbono florestal e sua expertise acerca da logística da região e aspectos sociais das comunidades tradicionais resultaram na conquista do prêmio Green and Digital Startup Award, da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo).

Essa e outras conquistas, como a seleção para participar do Inova Amazônia, programa de aceleração do Sebrae criado para fortalecer a bioeconomia na região e fomentar o crescimento econômico com inovação aberta e conservação ambiental, demonstram como a parceria entre entidades civis pode resultar em avanços em prol do meio ambiente, da economia e do desenvolvimento sustentável.

Projeto Aruanã

A Tero Carbon também é responsável pelo primeiro projeto de créditos de carbono certificado com metodologia 100% nacional. Implantado numa propriedade de 12 mil hectares pertencente à Agropecuária Aruanã, está localizado no município de Itacoatiara, no Amazonas.

Ao todo, foram contabilizadas 2.240.307 tCO2e (toneladas de dióxido de carbono equivalente), montante suficiente para zerar as emissões de uma população estimada em 196, mil pessoas. A geração desses créditos é referente a um período de 40 anos (janeiro de 1980 a dezembro de 2020).

Os ativos foram registrados na Plataforma Tero, utilizando a tecnologia blockchain e a rede pública da Polygon. Posteriormente, eles foram disponibilizados na Plataforma OpenSea para dar rastreabilidade e transparência a todo o processo. Atualmente, os créditos gerados pelo projeto estão disponíveis para comercialização junto ao mercado voluntário de carbono.

Para Francisco Higuchi, a iniciativa reúne importantes questões ambientais, sociais e econômicas. "Existe a compreensão dos proprietários que eles fazem parte do ecossistema e que o manejo da área gera benefícios e impactos ecológicos, sociais e econômicos", destaca.
 

Certificação nacional

O projeto Aruanã foi certificado com a metodologia 100% nacional, a TERO܂001 – REDD+, baseada nas práticas da AFOLU (em Inglês, Agriculture, Forestry and Other Land Uses) e aplica métodos de quantificação desenvolvidos pelo Laboratório de Manejo Florestal do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (LMF/INPA), um dos, dos maiores, centro de pesquisas mundial para estudo de biomassa florestal (carbono) do mundo. O modelo possui uma abordagem objetiva e que respeita as particularidades das propriedades brasileiras, com protagonismo do componente social. Além disso, a Tero Carbon adota as práticas de Mensuração, Reporte e Verificação (MRV) e métodos reconhecidos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU.

 

Sobre a Tero Carbon

A Tero Carbon é uma certificadora digital de créditos e estoque de carbono. Criada em Manaus, em 2022, a empresa utiliza metodologias exclusivas, voltadas para a realidade brasileira e que seguem as orientações técnicas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), além de ser a primeira do segmento com DNA genuinamente amazônico. Seu corpo técnico possui mais de 15 anos de experiência no desenvolvimento de projetos de carbono florestal na Amazônia, com expertise sobre a logística da região e aspectos sociais das comunidades tradicionais. A certificadora utiliza a tecnologia blockchain para conferir segurança, confiabilidade e rastreabilidade ao processo de certificação de ativos ambientais e conta com o apoio de instituições renomadas do setor, entre as quais: Incubadora de Empresas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (IE-INPA), entidade ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Federação Nacional das Indústrias do Estado da Amazônia (FIEAM) e da venture builder VB92 Launch Hub.


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