05/04/2024 às 20h35min - Atualizada em 06/04/2024 às 00h06min
Vamos pedalar!
Mudanças Climáticas
José Renato Nalini - Secretário Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.
Domínio Público Incentivar o uso da bicicleta como transporte usual e rotineiro na capital é uma política relevante. Só existem argumentos positivos para a utilização da bicicleta. Primeiro, garante a saúde do ciclista. Quem pedala exercita os membros, regula a respiração, abaixa a pressão alta, ganha músculos e prolonga a vida. Além do plano pessoal, o ciclista ajuda a reduzir a emissão de monóxido de carbono, o veneno que está reduzindo a qualidade de vida do paulistano. São mais de sete milhões de veículos transitando ininterrupta e diuturnamente por nossas vias públicas. Dentre eles, doze mil ônibus e um milhão e duzentas mil motocicletas. Todos esses veículos, expelindo gases causadores do efeito-estufa, que geram o aquecimento global, do qual advêm as mudanças climáticas. Reduzir o número de motocicletas, de automotores e de coletivos fará bem à população. Hoje, São Paulo possui 731,2 km de infraestrutura cicloviária e o projeto da gestão Ricardo Nunes é ampliar esse benefício. Além disso, a cidade disponibiliza aos ciclistas 7.192 vagas em 72 bicicletários públicos integrados ao sistema de transporte e localizados nas estações de transferência do Metrô, da CPTM e em Terminais Municipais da SPTrans. Disponibiliza, além disso, mais 802 vagas em 29 locais com paraciclos. Tudo isso foi discutido no Seminário “São Paulo e suas bikes pelo clima”, promovido pela Secretaria Executiva das Mudanças Climáticas e com a participação de integrantes da Ciclocidade-Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo, cuja diretora, Josivete Pereira, abriu os trabalhos que se prolongaram em workshop durante toda uma tarde. Dentre os partícipes, encontrava-se Renata Falzoni, líder do transporte que precisa ser disseminado entre outras faixas da sociedade, assim como acontece em cidades do Velho Continente, onde a presença da bicicleta integra a paisagem urbana e é a forma preferida dos europeus se deslocarem.
