04/04/2024 às 11h30min - Atualizada em 04/04/2024 às 16h06min

Como a gestão jurídica contribui (ou não) para a experiência dos clientes?

A percepção dos clientes sobre serviços jurídicos é um reflexo direto da organização jurídica, sendo incisiva para demostrar os níveis de confiança e de modernidade dos escritórios

Rafael Calliet
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Por Rafael Calliet 

 

A estratégia e a eficiência de questões administrativas apoiam-se na gestão jurídica, de forma a serem grandes influências para determinarem o funcionamento e o crescimento de escritórios de advocacia e departamento jurídicos. Nesse cenário, um aspecto que ainda é pouco explorado refere-se ao atendimento ao cliente e à prestação de serviços jurídicos, uma pauta que se torna necessária, principalmente quando a satisfação do cliente determina e fortalece a imagem profissional dos escritórios, que, por sua vez, esbarram na complexidade do volume operacional e outros desafios processuais. 

 

Com isso, a comunicação dentro da esfera jurídica, para além dos compromissos com resoluções judiciais, também é importante para ambientar o cliente de forma calma, com um atendimento que zele pela construção da confiança.  

 

Dessa maneira, um dos papéis cruciais da gestão jurídica é a compreensão de práticas internas que afetam a relação dos clientes com seus advogados, a fim de superar os possíveis entraves e garantir uma experiência simplificada, segura e personalizada, que traga a devida satisfação aos clientes.  

 

Desvendando os desafios da gestão jurídica 

A especificidade da gerência e habilidades jurídicas requer uma primorosa administração, desde os cuidados com as finanças, até a gestão de pessoas. Dentre essa vasta atuação, o aspecto que prioriza o bom relacionamento com os clientes é crucial para o crescimento do negócio. A coordenação de comunicação, a abordagem para receber clientes, os métodos de acompanhamento do atendimento; todos esses são elementos que consolidam a maturidade da gestão jurídica.  

 

As estratégias para garantir tal satisfação, no entanto, passam por desafios. A organização está no eixo dos impasses, gerando perda de controle no acompanhamento dos casos, o que impacta os prazos, a compreensão plena do atendimento e, como decorrência, falha em solucionar às necessidades dos clientes. Comprometendo diretamente a produtividade e a qualidade do serviço prestado, o planejamento estratégico torna-se um pilar que sustenta a infraestrutura jurídica para evitar tais indisposições.  

 

Pensando que nos tempos atuais, com uma grande dinâmica sendo consolidada no mundo dos negócios para garantir o Customer Success (Sucesso do Cliente), a ideia de satisfação abrange conceitos mais amplos do que a resolução de casos, implicando, também, na compreensão e no atendimento aos objetivos de longo prazo dos clientes. Dentro dessa estrutura, a abordagem consultiva e especializada conquista a medalha do relacionamento com o cliente, focado em integrar a comunicação durante a prestação do serviço.  

 

O caminho para o Customer Success no jurídico  

A gestão jurídica está intrinsicamente relacionada com a eficiência do escritório de advocacia, e, por isso, não temos como dispensar a inteligência e a tecnologia como sinônimos para o alcance da eficiência. Isso em função da personalização impulsionando o andamento de casos e de processos do meio judicial, um aspecto inovador que está se tornando uma tendência no mercado jurídico. Para entendermos esse desenvolvimento de perto, dados coletados pela empresa alemã Statista revelam que a previsão de crescimento para a receita de tecnologia jurídica é de mais de 4% ao ano, chegando a 35,6 bilhões de dólares americanos.  

 

Ainda que o dado informe uma questão financeira e de caráter comercial, é interessante observarmos que o impossível crossover entre advocacia e tecnologia está finalmente acontecendo, quebrando barreiras tradicionalistas que muitas vezes limitam a gestão jurídica dos escritórios e, por isso, impactam no aproveitamento total de um atendimento ao cliente que seja excelente.  

 

De forma simples, a tecnologia agrega adaptabilidade e organização para gerência dos documentos e aprimora a comunicação com clientes e colegas de trabalho. É possível automatizar tarefas, melhorando a performance de fluxos de arquivos, e ter assertividade e segurança de informações, examinando e compreendendo com mais precisão a solução ideal para os clientes. Para isso, ferramentas RPAs permitem que a complexidade jurídica ganhe uma nova movimentação, impactando na produtividade dos advogados e, consequentemente, melhorando a experiência dos clientes.  

 

É essencial entender, portanto, que a inovação integrada à tecnologia provê o planejamento e a organização necessárias para atingir uma gestão jurídica de sucesso, focada em sofisticar suas operações e demandas com inteligências tecnológicas, e criar um relacionamento e uma experiência de atendimento duradoura com os clientes. Trata-se, categoricamente falando, de investir na modernidade e na consolidação da responsabilidade dos escritórios jurídicos, por experiências que resultem em jornadas agregadoras para todas as partes.  

 

*Rafael Caillet é CEO da Oystr. Com Bacharel em Administração e MBA em Sistemas de Informação, o executivo possui atuação no setor de automação de processos para a área jurídica desde 2001.  

  

Sobre a Oystr  

Operando desde 2014, a Oystr é uma startup que desenvolve robôs inteligentes para a integração de escritórios de advocacia e departamentos jurídicos. Com o objetivo de otimizar o dia a dia dos profissionais do Direito, os robôs da empresa atuam tanto como um Software de Gestão, Sistema de terceiros e em Tribunais, realizando cadastros e coletando informações. Com uma plataforma no modelo SaaS, a Oystr conta com mais de 700 robôs desenvolvidos, de acordo com as necessidades de cada cliente. Saiba mais em: https://www.oystr.com.br/  

  

  

 


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