O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) foi julgado nesta semana pelo TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná). Independente do resultado no TER-PR, o caso fatalmente seguirá para decisão final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Sua cassação é um sonho de Lula. Moro foi o juiz prolator de sua primeira sentença condenatória por corrupção, que o levou para a prisão.
Porém, a possibilidade de uma solução definitiva para o caso pode se arrastar por mais alguns meses, pois mesmo após a decisão do tribunal paranaense, ambas as partes poderão apresentar recursos a mesma corte, para esclarecer eventuais pontos obscuros na decisão e, depois, ao TSE.
Essa demora pode ser crucial para Moro. O ministro Alexandre de Moraes deixa a presidência do TSE no meio deste ano.
Portanto, duas das 3 cadeiras reservadas a integrantes do STF no TSE passarão em breve a ser ocupadas por indicados de Bolsonaro – o segundo nome é o de Kassio Nunes Marques.
Também compõe a corte, no assento destinado a membro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), a ministra Isabel Gallotti, que tem viés mais conservador. Assim, uma ‘virada’ no placar favorável a Moro pode estar começando a se desenhar.
Vale ressaltar, também, que essa possível reversão não para por aí. No Congresso, deputados estão trabalhando nos bastidores em um projeto de lei que pode anular esses julgamentos do TSE e devolver os direitos políticos de Bolsonaro. Tudo isso ocorre nos bastidores para que, no momento certo, seja colocado em prática.