26/03/2024 às 11h57min - Atualizada em 27/03/2024 às 00h01min

Sedentarismo mata cerca de 300 mil brasileiros por ano; entenda

Inatividade física é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de uma série de doenças crônicas

Cicero Santos
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O sedentarismo é um dos principais desafios de saúde pública enfrentados pelo Brasil e pelo mundo. O estilo de vida cada vez mais marcado pela inatividade física tem consequências alarmantes, refletidas em estatísticas preocupantes: cerca de 300 mil brasileiros perdem suas vidas anualmente devido a doenças relacionadas ao sedentarismo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Esse cenário levanta a necessidade de compreendermos não apenas os impactos negativos do sedentarismo, mas também os benefícios que a atividade física regular pode trazer para a saúde física e mental. 

Neste contexto, é preciso abordar não só as principais doenças associadas ao sedentarismo, mas também os grupos mais vulneráveis, os benefícios da prática regular de exercícios, formas de incorporar a atividade física na rotina diária e o papel fundamental da OMS na coleta e divulgação de dados sobre o tema. 

Ao entendermos profundamente essas questões, estaremos mais bem preparados para promover hábitos de vida mais saudáveis e combater os efeitos devastadores do sedentarismo.

O sedentarismo e as doenças que ele pode causar

O sedentarismo é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de uma série de doenças crônicas. A falta de atividade física regular está associada a um aumento significativo no risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, doença coronariana e acidente vascular cerebral. 

Além disso, ele está relacionado ao desenvolvimento de diabetes tipo 2, uma condição em que o corpo não consegue regular adequadamente os níveis de glicose no sangue.

A obesidade é outra condição comumente associada ao sedentarismo, resultante do desequilíbrio entre a ingestão calórica e o gasto energético.

Quem são os mais vulneráveis ao sedentarismo e às doenças relacionadas?

Diversos grupos populacionais são mais suscetíveis ao sedentarismo e às doenças relacionadas. No Brasil, essa problemática afeta tanto os jovens quanto os idosos. 

Entre os jovens, a falta de atividade física está frequentemente associada ao estilo de vida sedentário, caracterizado pelo tempo excessivo gasto em frente a telas de dispositivos eletrônicos e pela falta de incentivo à prática esportiva. 

Já entre os idosos, o sedentarismo pode ser resultado de limitações físicas, falta de acesso a espaços seguros para atividades físicas e até mesmo devido a uma mentalidade cultural que desvaloriza a importância do exercício na terceira idade.

O papel da OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) desempenha um papel crucial na coleta e divulgação de dados sobre o sedentarismo e suas consequências para a saúde. Por meio de pesquisas e estudos epidemiológicos, a ela monitora a prevalência do sedentarismo em diferentes países e suas tendências ao longo do tempo. 

Além disso, a organização desenvolve diretrizes e recomendações para promover a atividade física e combater o sedentarismo, visando melhorar a saúde global e reduzir a incidência de doenças relacionadas à inatividade física.

Quais os benefícios da prática regular de exercícios físicos?

A prática regular de exercícios físicos oferece diversos benefícios para a saúde, tanto física quanto mental. Incentivar a atividade física desde a infância é fundamental para estabelecer hábitos saudáveis que perdurem ao longo da vida. Essa prática não só promove o desenvolvimento físico e motor das crianças, mas também melhora a saúde cardiovascular, reduzindo o risco de desenvolver doenças cardíacas e diabetes no futuro.

Além disso, os exercícios físicos regulares contribuem para a manutenção de um peso saudável, controlando o acúmulo de gordura corporal e prevenindo a obesidade, outro fator de risco para diversas doenças crônicas. O fortalecimento do sistema imunológico é outro benefício significativo da atividade física, tornando o organismo mais resistente a infecções e doenças.

Como incorporar a atividade física em sua rotina diária?

Incorporar a atividade física na rotina diária pode parecer desafiador, mas pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença. 

Desde a infância, é importante incentivar a prática de brincadeiras ativas, jogos ao ar livre e participação em esportes. Para adultos, é recomendável reservar um tempo para atividades físicas que sejam do seu agrado, como caminhar, pedalar na bicicleta ergométrica, nadar ou praticar yoga.

Integrar exercícios na rotina diária, como utilizar as escadas em vez do elevador, caminhar até o trabalho ou realizar alongamentos durante as pausas, também são maneiras eficazes de aumentar a atividade física diária. 

Estabelecer metas realistas e encontrar um parceiro de exercícios pode ajudar a manter a motivação e a consistência!

Quais outros aspectos da saúde podem ser melhorados pela atividade física?

Além dos benefícios físicos, a atividade física regular também melhora diversos aspectos da saúde mental e emocional. 

Praticar exercícios regularmente ajuda a reduzir:

  • O estresse
  • A ansiedade
  • A depressão

E promove uma sensação de bem-estar geral. Além disso, a atividade física estimula a liberação de endorfinas, neurotransmissores responsáveis por proporcionar uma sensação de felicidade e contentamento. Mantendo um estilo de vida ativo, é possível melhorar a qualidade do sono, aumentar a autoestima e promover um senso de realização pessoal. 

A atividade física também melhora a função cognitiva e a capacidade de concentração, beneficiando o desempenho acadêmico e profissional. 

É inegável que a prática regular de atividade física desempenha um papel fundamental na promoção da saúde e no combate ao sedentarismo. Da infância até a terceira idade, incentivar hábitos saudáveis de atividade física é essencial para prevenir doenças crônicas, melhorar a qualidade de vida e promover o bem-estar geral. 

Ao adotarmos uma abordagem holística e integrada para promover a atividade física, podemos não apenas reduzir significativamente o número de vidas perdidas devido a doenças relacionadas ao sedentarismo, mas também criar sociedades mais saudáveis, felizes e resilientes.


 
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