25/03/2024 às 20h50min - Atualizada em 26/03/2024 às 00h10min

O que entidades filantrópicas podem ganhar com a Inteligência Artificial?

Existem uma série de benefícios que organizações do terceiro setor podem obter ao utilizar inteligências artificiais

Murilo Amaral
Divulgação/BaseLab
Neste primeiro ato, vamos explorar a relação entre tecnologia e a arrecadação de fundos, uma jornada na qual estou empenhado há muitos anos, pois com tantas mudanças e acontecimentos no mundo de hoje, a realidade é que as circunstâncias dos doadores estão em constante evolução, e os padrões tradicionais de doações estão em movimento. Falo isto, pois estamos testemunhando fenômenos inéditos, como o maior processo de transferência de riqueza da história da humanidade, com cerca de 30 trilhões, sendo repassados ao longo dos próximos 30 anos., segundo dados do Board of Governors of the Federal Reverse System as of Q1 2021 divulgados pela Keela, uma plataforma de arrecadação de fundos. 

Existem uma série de benefícios que organizações do terceiro setor podem obter ao utilizar inteligências artificiais, como a melhora da eficiência operacional, aprimorar a captação de recursos, análise de dados avançada, personalização de serviços, segmentação de público, aumentar o alcance e o impacto e a detecção de fraudes e abusos. 

Nos últimos anos, houve uma significativa redução nas barreiras de entrada para a adoção da tecnologia de Inteligência Artificial, tais como custo e complexidade técnica. Especialmente crucial agora, à medida que as ONGs assumem papéis cada vez mais vitais em suas comunidades e enquanto o setor se recupera dos impactos da pandemia de COVID-19. Para organizações sem fins lucrativos que procuram otimizar recursos já escassos, a Inteligência Artificial oferece uma variedade de opções para economizar tempo e dinheiro. No entanto, com a profusão de produtos disponíveis no mercado, pode ser desafiador determinar quais são os mais adequados para suas necessidades específicas.

Vale ressaltar que existem ONGs com sucesso comprovado ao implementar inteligência artificial na operação como o Instituto Verdescola, uma organização localizada em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, que atua na área da educação e implementaram um projeto chamado "Monitoramento Ambiental com Reconhecimento de Imagem", que utiliza IA para analisar imagens de câmeras de monitoramento ambiental instaladas em áreas protegidas. 

Outra entidade que se destaca é a Aldeias Infantis SOS Brasil, uma organização sem fins lucrativos que atua na proteção e no cuidado de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Eles implementaram a inteligência artificial na estratégia de captação de recursos e engajamento de doadores. 

Por fim, há algumas considerações para termos em mente antes de mergulhar de cabeça no mundo da inteligência artificial. Antes de utilizar IA, é importante ponderar cuidadosamente sobre implicações éticas, pois existem uma série de medidas que protegem as organizações contra o mau uso destas tecnologias como a divulgação de documentos que sinalizam o compromisso da instituição com a usabilidade destas ferramentas no ser humano. Isso inclui garantir que os sistemas de IA utilizados sejam projetados e implementados de maneira que estejam alinhados com a missão e os valores da organização, respeitem a privacidade e a proteção de dados, evitem preconceitos e discriminação, e mantenham a transparência e a responsabilidade. 

Pedro Mattosinhos, 
COO da BaseLab.

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