21/03/2024 às 00h23min - Atualizada em 21/03/2024 às 00h23min

Hidrojatos que limpam e desobstruem bueiros e bocas de lobo reduzem tempo de alagamento em mais de 3 horas

Cidade conta com 60 caminhões que fazem a limpeza preventiva, mas também trabalham em situação de emergência para um escoamento mais rápido da água da chuva

O escoamento da água depois das fortes tempestades na cidade de São Paulo ganhou velocidade depois que a Prefeitura aumentou de 24 para 60 o número de caminhões que fazem hidrojateamento, uma das teconologias mais avançadas no combate a enchentes, capaz de desobstruir bueiros e bocas de lobo com maior rapidez ao utilizar jatos de água com alta velocidade e pressão para remover a sujeira levada pela chuva. Parte da frota fica em operação durante 24 horas. 
Os caminhões trabalham de duas formas: preventivamente, com as equipes fazendo a limpeza e desobstrução das vias utilizando esses veículos, que se somam ao trabalho manual diariamente; e com os alagamentos ativos nos dias de chuva. 
As equipes são direcionadas para os pontos de alagamento com base nas informações que a Prefeitura recebe do Sistema Urano, um módulo de gestão que usa a inteligência artificial para depuração dos dados capturados por sensores instalados nas ruas, estações meteorológicas exclusivas para zeladoria, além da inteligência artificial. O Urano abre ordens de serviço de emergência, que direcionam o hidrojato para fazer a desobstrução de bueiros e bocas de lobo. 
Esse gerenciamento permitiu uma mudança radical no tempo para o escoamento da água, que em algumas situações é superior a 3 horas de redução. 
Um exemplo é a avenida Roque Petroni, no Jabaquara, Zona Sul, que em seis anos teve redução de 3h19 no tempo de escoamento da água, apesar de o volume de chuva ter aumentado nesse período.  
Em 10 de janeiro de 2018, o pluviômetro instalado no piscinão Jabaquara registrou um total acumulado de 17,4 milímetros de chuva. Isso provocou um alagamento de 3h45 de duração.  
A zeladoria, com apoio do hidrojato, mudou o cenário. Em 10 de janeiro de 2024, o mesmo pluviômetro registrou um total acumulado de 82,2 milímetros, quase cinco vezes mais. Mas o alagamento durou 26 minutos. 
Com uso de alta pressão, o hidrojateamento é utilizado para desobstruir a sujeira que não permite o pleno escoamento da água da chuva. O equipamento é um combinado de basculamento do tanque e bombas de hidrojateamento e vácuo. O trabalho é realizado por profissionais capacitados, com segurança e qualidade no resultado da ação de zeladoria.  

Urano
Desde janeiro de 2022, o Sistema Urano, que é agregado ao Sistema de Gerenciamento de Zeladoria (SGZ), reduz os danos das enchentes. O Urano abrange toda a rede hidrográfica de São Paulo, incluindo os piscinões e túneis, além de monitorar as estações de bombeamento (pôlderes).  
O Urano permite a redução dos efeitos provocados pelas tempestades, diminuindo o tempo de resposta nos alagamentos. A integração entre o Urano e a zeladoria impactam positivamente o cotidiano da cidade, com a melhora na mobilidade urbana, menos acidentes e maior fluidez do tráfego em dias de chuva e vento fortes. 

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