18/03/2024 às 16h00min - Atualizada em 19/03/2024 às 00h01min

Sustentabilidade da biotecnologia gera também economia para tratar efluentes

Adoção de ‘bactérias do bem’ da Superbac possibilitou a diminuição em 20% de produtos químicos nos processos de tratamento de efluentes da Buhler, uma das principais fornecedoras de couro do Brasil

Amanajé Comunicação
Divulgação | SUPERBAC
Da pequena cidade de Ivoti, no interior do Rio Grande do Sul, surgem peças de couro para indústrias como moda, móveis, calçados e decoração, exportados para mais de 20 países. A Buhler, tradicional empresa familiar, surgiu há quase 80 anos em um pequeno povoado fundado por imigrantes alemães. Hoje, conta com capacidade instalada para produzir 250 mil metros quadrados de couro vacum acabado/mês, tendo o apoio de cerca de 400 funcionários, que atuam em uma planta de 27 mil metros quadrados.
 
Em março de 2023, a empresa gaúcha procurou a Superbac, biotech líder em biotecnologia e detentora da biofábrica mais moderna da América Latina, para iniciar um trabalho de aplicar microrganismos em seus sistemas biológicos da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE). A escolha sustentável rendeu excelentes resultados para a Buhler.
 
A adoção da biotecnologia permitiu alcançarmos uma redução de 38% dos sólidos suspensos totais no sistema biológico - contribuindo para uma diminuição no volume de lodo - além de um corte significativo de 20% no consumo de químicos”, revela Cristiano Luis Backes, responsável pela ETE da Buhler.
 
Ao inserir microrganismos em seus processos de tratamento de efluente houve uma melhoria no aumento da eficiência em degradação nos parâmetros de DBO (demanda bioquímica de oxigênio), o que auxilia no atendimento à legislação ambiental. Outro ganho relevante é que ao aumentar a capacidade da ETE, é possível obter diminuição de custos com CAPEX (despesas de capitais); e também de despesas operacionais.
 
A Buhler adotou o Bio Liq WT e o Bio Liq HC, ambos compostos de um blend de microrganismos de ocorrência natural, cientificamente selecionados e livre de organismos geneticamente modificados. O WT atua na degradação e digestão de compostos orgânicos presentes em estações de tratamento de efluentes, lagoas de estabilização e sistemas de compostagem. Já o HC é indicado para biorremediação de todas as frações de óleos crus ou produtos derivados de petróleo, incluindo ceras de parafina.
 
De acordo com Backes, ambos os produtos contribuíram para o equilíbrio das operações biológicas. “Resolveu o problema que estávamos tendo com espumas e os sistemas se estabilizaram muito mais rápido mesmo no pico, tanto nos parâmetros de DBO como de DQO, além de observarmos a melhoria na decantação do lodo biológico”, celebra.
 
O setor têxtil e o de curtume são indústrias com elevado consumo de água em seus processos produtivos e a escolha da biotecnologia, por meio das bactérias do bem que atuam no lodo reduzindo significativamente o seu volume, é uma ação estrategicamente sustentável e rentável. “Ao adotar as soluções com microrganismos naturais a empresa não só reforça seus valores ligados a filosofia ESG, como também pode obter ganhos econômicos e de melhorias de processos. Quando se trata de adotar a biotecnologia no tratamento de efluentes, só há vantagens”, comenta Monique Zorzim, gerente de Novos Negócios da Superbac.
 
Curtume made in Brazil
De acordo com dados da SECEX (Secretaria de Comércio Exterior) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, no mês de setembro de 2023, as exportações de curtume nacional cresceram em volume, com um total de embarcados 13,5 milhões de metros quadrados e 36,5 mil toneladas, que significaram, respectivamente, incrementos de 3,8% e 1,9% sobre o mesmo período de 2022. No acumulado dos três primeiros trimestres do ano, as exportações atingiram US$ 840,6 milhões, 12,9% abaixo do mesmo intervalo de 2022, contudo, houve acréscimos de 9,6% em área comercializada e 19,8% em peso.

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp