15/03/2024 às 15h20min - Atualizada em 16/03/2024 às 00h03min

Diretor nacional da Colliers explica como escritórios e colaboradores podem se reinventar para o híbrido

Segundo pesquisas realizadas pela Colliers e por outras empresas no mercado brasileiro, hoje, 60% dos espaços dentro das companhias são dedicados para ambientes colaborativos

Giovanna Rebelo Alves
Freepik
 

Uma pesquisa denominada Tendências e Perspectivas do Trabalho, realizada pela WeWork Latam, mostrou que o trabalho no modelo híbrido continua sendo o mais praticado na América Latina, com 64% de aprovação. Para o levantamento, foram entrevistados 10 mil trabalhadores latino-americanos, sendo 3 mil deles brasileiros.

 

O estudo revelou também que 94% dos trabalhadores entrevistados não gostariam de trabalhar exclusivamente de maneira presencial.

 

Conforme lembra Gustavo Ferreira, diretor nacional da Colliers Brasil, líder global de serviços imobiliários, antes da pandemia, em média, 80% dos espaços dentro das empresas eram utilizados para trabalhos individuais, com muitas mesas de trabalho, salas individuais e de reuniões.

 

“Atualmente, o trabalho individual é, preferencialmente, realizado de maneira remota, sobretudo por conta da concentração e tempo de deslocamento  exigida por ele. As pessoas, de maneira geral, se dirigem aos escritórios para fazer o trabalho colaborativo”, afirma o executivo. Segundo pesquisas realizadas pela Colliers, hoje, 60% dos espaços dentro das empresas são dedicados à colaboração.

 

Segundo ele, esses espaços de colaboração são locais onde é possível os colaboradores da empresa trocarem informações não sensíveis. Para o executivo, quando o assunto é sensível ou confidencial, aí sim, podem ser utilizados espaços privativos. “Ninguém mais deseja voltar ao modelo do passado. As empresas entenderam que é possível utilizar menos espaço e ter ambientes mais descontraídos”, acredita Ferreira.

 

Ferreira lembra ainda que as empresas estão investindo também no conceito de home feeling, ou seja, um ambiente que traz a sensação de familiaridade, conforto e acolhimento, despertando a sensação de estar em casa. “Esse conceito vai além da simples presença física em um lugar. Envolve uma conexão maior com o ambiente ao redor. Os colaboradores gostam disso”.

 

Ele finaliza destacando que hoje as empresas têm muito mais espaços colaborativos e flexíveis. “O importante é que as empresas entendam que os modelos hierarquizados comuns de antes da pandemia deram lugar a uma nova mentalidade. Afinal, as empresas são feitas de pessoas e é preciso colaboração para mais inovação, governança e resultados”, finaliza Ferreira.


 
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