12/03/2024 às 12h01min - Atualizada em 13/03/2024 às 12h02min

Brasil registra 90 milhões de atendimentos por insuficiência renal

Nefrologista da Santa Casa de Bragança Paulista destaca a importância da conscientização sobre a prevenção das doenças renais

Viviane Soares Bucci
divulgação
Localizados em ambos os lados da coluna vertebral, os rins desempenham um papel vital no corpo humano ao filtrar resíduos e toxinas do sangue, regular os níveis de eletrólitos e manter o equilíbrio hídrico.
Segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados 90 milhões de casos de insuficiência renal nos atendimentos ambulatoriais do SUS (Sistema Único de Saúde), em 2023. O mesmo levantamento mostra que foram contabilizados 17.430 milhões de atendimentos ambulatoriais para tratamento com nefrologistas no SUS, o que representa um aumento de 4,40% em relação a 2022, quando ocorreram 16.695 milhões de registros.

Anualmente celebrado na segunda quinta-feira do mês de março (neste ano, no dia 14), o Dia Mundial do Rim visa conscientizar a população sobre a importância da prevenção das doenças renais que, quando não detectadas e tratadas precocemente, podem levar a complicações graves do órgão, afetando seu funcionamento ou até mesmo ocasionando a insuficiência renal.

Segundo a nefrologista do Complexo Hospitalar Santa Casa de Bragança Paulista, Dra. Leila Fava, a insuficiência renal é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas. “A insuficiência renal pode ser aguda (IRA), quando ocorre súbita e rápida perda da função renal, ou crônica (IRC), quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível”, explica. “Tanto a insuficiência renal crônica quanto a insuficiência renal aguda podem acontecer em decorrência de outras doenças, como diabetes, hipertensão, doença dos rins policísticos, presença de obstruções nos rins, como pedras ou outras doenças renais.

Além da insuficiência renal, outros problemas que acometem os rins incluem o cálculo renal, caracterizado pela formação de cristais devido ao pouco consumo de água; a doença policística renal, que se caracteriza pela formação de tecido anormal nesses órgãos; o cisto renal, que trata da formação de uma bolsa única que se enche com líquido, sendo uma doença bastante comum; e a hidronefrose, que ocorre pelo acúmulo de urina nos rins quando eles não conseguem enviar o líquido para a bexiga.

“Sinais de alerta podem ser percebidos quando há algo errado com os rins. Alguns dos principais sintomas de problemas renais incluem mudanças na frequência e na quantidade de urina, como urinar mais ou menos frequentemente do que o habitual; urina com sangue ou com aspecto espumoso; inchaço nas pernas, tornozelos, pés ou ao redor dos olhos devido à retenção de líquidos; fadiga persistente e dificuldade para se concentrar; dores lombares persistentes, especialmente se forem acompanhadas de febre ou mal-estar geral; pressão arterial alta que não responde ao tratamento usual; perda de apetite e náuseas”, lista a nefrologista.
A progressão da doença renal, além de poder resultar em uma insuficiência renal crônica, na qual os rins não conseguem mais filtrar eficazmente resíduos e líquidos do sangue, pode levar ao acúmulo de toxinas no corpo, causando risco de problemas cardiovasculares, incluindo doença cardíaca e AVC (Acidente Vascular Cerebral, devido ao desequilíbrio nos níveis de fluidos e pressão arterial. Essa progressão pode exigir tratamentos como hemodiálise, um procedimento que filtra o sangue fora do corpo quando os rins não podem mais fazê-lo, ou o transplante renal.

"É fundamental que as pessoas estejam cientes dos fatores de risco e adotem hábitos saudáveis que ajudem a prevenir tais condições, como manter uma dieta balanceada, praticar atividades físicas regularmente, evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco, e realizar exames de saúde regulares para monitorar a função renal", declara a especialista. A hidratação é outro fator crucial para prevenir a doença, além da educação sobre a importância da hidratação adequada e o uso responsável de medicamentos. “Todos esses são aspectos essenciais na prevenção das doenças renais”, conclui a nefrologista.

Sobre o Complexo Hospitalar Santa Casa de Bragança Paulista
Fundada em 31 de agosto de 1874, o Complexo Hospitalar Santa Casa de Bragança Paulista é um hospital geral, filantrópico, de atendimento secundário e referência na baixa e médica complexidade. Atualmente, possui um quadro com aproximadamente 1.200 profissionais e 350 médicos. A unidade atende a população composta por 520 mil pessoas, que residem nos 11 municípios da região bragantina.

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