11/03/2024 às 09h06min - Atualizada em 12/03/2024 às 00h10min

“É preciso empatia e inclusão com as pessoas com autismo que vivem em condomínios”, diz advogado

Segundo ele, com amor, tolerância e informação, é possível que a experiência para todos seja boa

David Roberto Florim
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O Dia Mundial da Conscientização do Autismo se aproxima, e agora campanhas de conscientização começam a ser feitas. O problema, é que muitas vezes, produzem efeitos de curta duração na consciência das pessoas.

No dia a dia, no universo dos condomínios, muitas vezes os moradores não se conhecem. Cada qual tem sua própria rotina, e encontram-se às vezes nas áreas comuns, onde as crianças brincam e os adultos conversam.
Dento desse universo múltiplo e complexo, há crianças autistas que merecem ser incluídas nas brincadeiras, sem qualquer preconceito.

- “Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), estima-se que mais de 70 milhões de pessoas no mundo tem autismo. Aqui no Brasil, são mais de 2 milhões. E muitas dessas pessoas vivem em condomínios. Por isso os síndicos devem ficar atentos”, explicou o advogado condominial Luiz Fernando Maldonado.

De acordo com ele, em um condomínio com morador autista, alguns episódios podem ocorrer. Por isso os síndicos devem estar preparados, a fim de evitar casos como discriminação, atritos com outras crianças e adultos, reclamações de barulho e acusações de maus-tratos pelos responsáveis.

- “Também é importante destacar sobre casos que realmente acontecem, como pessoas com autismo que saem dos prédios sozinhos, sem avisar os responsáveis, ou situações de danos ao patrimônio do condomínio ou a terceiros”, ressaltou.

O profissional ressalta que o autismo não é uma doença, mas sim um transtorno que acomete cerca de 2% da população mundial, mas que a pessoa com TEA é considerada, perante a Lei, uma pessoa com deficiência (PcD).

- “Quanto mais informação por parte dos demais moradores, melhor. Pessoas com autismo tem dificuldades de socialização, em alguns casos de comunicação, e podem não gostar de som alto ou de muitas pessoas falando ao mesmo tempo. É preciso que síndicos e equipe se atentem a casos assim, e que haja campanha interna para que os moradores daquele condomínio acolham outras pessoas autistas, ao invés de julgá-las”, orientou.

O profissional orienta que qualquer forma de discriminação é crime.

- “As pessoas tem que entender que vivemos em sociedade. Formamos uma imensa diversidade e o respeito sempre deverá prevalecer”, finalizou.

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