UiPàth DivulgaçãoSão Paulo, março de 2024 - Até 2026, mais de 80% das empresas usarão APIs de Inteligência Artificial Generativa, prevê estudo da consultoria global Gartner. Torna-se razoável, portanto, supor que percorrer essa trilha exigirá uma mudança comportamental em praticamente todas as áreas das empresas, talvez sobretudo no RH e nos profissionais desse setor. Segundo outro levantamento da mesma consultoria, bem recente, do início deste ano: em um inquérito com quase 180 líderes de RH, 38% estão planejando ou já iniciaram a implementação da IA generativa. Em junho de 2023, esse percentual era de apenas 19%. “Nessa curva ascendente e bastante rápida, vem sempre aquele receio de a tecnologia substituir as pessoas no campo do trabalho. Mas podemos dizer que é exatamente o contrário”, diz Edgar Garcia, VP da UiPath para a América Latina.
Para a UiPath, que reúne mais de 10 mil clientes ao redor domundo, incluindo o Brasil, as organizações do futuro serão cada vez mais suportadas pela IA. Mas essa é uma realidade que precisará ser administrada por pessoas e não máquinas. “A IA continuará avançando nos próximos anos, mas a criatividade, a inteligência emocional e o pensamento crítico, que apenas as pessoas podem fornecer, serão demandas permanentes e ainda mais valiosas nas empresas”, diz Daniel Dines, cofundador e diretor de inovação da UiPath. Segundo ele, o desafio dos executivos de RH e de todas as lideranças vai além da adoção da IA e automação. Tem a ver com a implementação de estruturas organizacionais capazes de possibilitar e favorecer o sucesso dos profissionais em ambientes alimentados, suportados pela tecnologia da inteligência artificial.
E como fazer isso? “Introduzir programas para desenvolvedores cidadãos, avaliar a modificação do escopo de certas funções e fornecer treinamento de habilidades específicas, sob demanda para profissionais, são parte da estratégia”, responde Garcia. A plataforma da UiPath traça caminhos para, por exemplo, capacitar profissionais, não necessariamente do universo de TI, a desenvolverem seus próprios colaboradores digitais, ou seja, ensinarem robôs a executarem operações a partir da demanda de cada processo. São o que o mercado chama de desenvolvedores cidadãos.
Descompasso
“Pessoas e IA são melhores juntos. A combinação do poder analítico da IA e da percepção humana leva a melhores resultados do que qualquer um pode alcançar sozinho”, diz Dines. No entanto, este casamento, para durar e gerar frutos, requer investimento, capacitação e governança. Um recente relatório da consultoria Bain & Company mostrou que, enquanto 79% dos líderes corporativos acreditam que a IA “mudará radicalmente” como seus negócios operam nos próximos cinco anos, os atuais “níveis de investimento são bastante baixos” em relação ao tamanho das empresas pesquisadas. Para a UiPath é um descompasso que se dá por conta de uma combinação de ceticismo, preocupação e despreparo. “Muitos executivos ainda temem que seus colaboradores não sejam treinados adequadamente para o uso da IA”, diz Garcia. E neste ponto, o RH tem papel fundamental e estratégico para desmistificar tal percepção, assim como a formação dos desenvolvedores.
Os programas para desenvolvedores cidadãos criam valor tangível para empresas de todos os segmentos e portes, incluindo maior capacidade para a identificação de oportunidades para a IA e a automação. “Estes profissionais são usuários e defensores da automação movida a IA, são, assim, um ótimo recurso para a preparação de um time mais forte para abraçar, com o RH, as amplas mudanças positivas que a IA pode trazer”, conclui Garcia.
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