11/03/2024 às 11h50min - Atualizada em 12/03/2024 às 00h02min

Dá para controlar os hormônios com a alimentação?

Nutricionista ortomolecular explica como isso é possível, inclusive na menopausa

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Comunicação Elisa Lobo
Muito comentada nos últimos tempos a dieta hormonal tornou-se mais uma aliada na perda de peso. Mas, a nutricionista ortomolecular, Elisa Lobo, explica que o tratamento vai bem além. “Trata-se de fazer com que o próprio corpo produza melhor os hormônios necessários. O corpo é uma máquina perfeita e ele sabe fazer essa produção, mas muitas vezes essa máquina está funcionando com pouco combustível e deixando de atingir o seu potencial máximo”, explica. Para Elisa, a base de uma dieta hormonal é dar o estímulo para que o próprio corpo produza de forma mais eficiente cada um dos nossos hormônios responsáveis por manter o nosso corpo ativo, metabolicamente saudável e funcional.
De maneira geral, um dos principais hormônios trabalhados na dieta hormonal é o cortisol, que é um hormônio muito relacionado ao estresse e à ansiedade, gerando uma dificuldade de emagrecimento e de ganho de massa muscular. Outros hormônios muito importantes nesse protocolo são a leptina e a grelina, que são os hormônios responsáveis pela fome e pela saciedade. Também é possível trabalhar os hormônios sexuais femininos e masculinos.
Com o avanço da idade e a chegada da menopausa, a mulher sofre com a diminuição dos hormônios femininos, como o estrogênio e a progesterona. As alterações típicas nessa fase da vida são o resultado dessa diminuição hormonal. Nesse caso específico, segundo a nutricionista, é totalmente possível, através da nutrição ortomolecular, de forma natural, auxiliar o próprio corpo a melhorar a produção de hormônios. “Fazemos com pacientes na menopausa o ajuste dos sintomas e, através de uma nutrição voltada para as funções hormonais, cuidamos individualmente de cada um deles, como: a queda da libido, ressecamento vaginal, variações de humor, ganho de peso, a alteração da pele, do cabelo, flacidez, entre outros”, explica.
Elisa Lobo conta que, muitas das vezes, os sintomas, que vêm de uma baixa produção hormonal estão relacionados à falta nutrientes para produção, como, por exemplo, de vitaminas do complexo B, zinco, selênio e vitamina D, que é muito importante nesse processo como precursora do processo. A profissional destaca ainda que isso também vale para os homens, quando estão com uma queda de testosterona. De acordo com ela, é possível dar ao corpo as ferramentas que ele precisa para induzir essa produção de forma natural.
Falando especificamente da alimentação, a nutricionista afirma que cada caso deve ser avaliado individualmente, mas de uma maneira geral é importante retirar tudo o que pode atrapalhar o funcionamento desse organismo e inflamar o corpo, como o glúten, que pode diminuir a absorção dos nutrientes. Além disso, serão incorporados alimentos nutritivos, especificamente, de acordo com as necessidades de cada um.  A suplementação também é muito específica e individualizada e pode sim ser necessária, dependendo do grau de carência de cada um no início do tratamento.
Elisa ressalta ainda que muitos dos nossos hormônios são sintetizados principalmente na fase da noite, tornando-se indispensável uma boa noite de sono. “Quando a gente faz dieta hormonal, aplicamos também estratégias imprescindíveis para melhorar a qualidade do sono. Não é só sobre dormir mais tempo, mas sobre dormir melhor e com isso otimizar a produção hormonal”, detalha.
Para concluir, a especialista comenta sobre os hormônios da tireóide. Segundo ela, mesmo que a pessoa não tem uma doença da tireóide, essa glândula pode estar trabalhando pouco, o que chamamos de fadiga tireoidiana ou adrenal, o que pode ser também trabalhado na dieta hormonal. Ela acontece quando os nossos hormônios responsáveis pelo metabolismo não estão sendo produzidos suficientemente. Com isso pode ocorrer ganho de peso e dificuldade na perda, além de diversos outros sintomas como: cansaço, inchaço, queda de cabelo, dificuldade de crescimento de unha, entre outros.
 
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