08/03/2024 às 10h43min - Atualizada em 10/03/2024 às 00h06min

Quatro em cada 10 mulheres estão insatisfeitas com o trabalho, aponta pesquisa

Situação financeira apertada, dívidas, remuneração baixa e sobrecarga de trabalho estão entre os fatores que mais impõem sofrimento

Redação
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Quatro em cada 10 mulheres estão insatisfeitas ou muito insatisfeitas com o seu trabalho, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Lab Think Olga. Além disso, 30% delas querem mudanças no ambiente corporativo. O estudo, que entrevistou 1078 mulheres brasileiras com idades entre 18 e 65 anos, também mostrou que quase metade (45%) das entrevistadas possuem um diagnóstico de ansiedade, depressão ou algum outro tipo de transtorno mental. 

Para Karina Stryjer, Comercial Corporate, Psicóloga e Líder de projetos de saúde emocional da Telavita, primeira clínica digital de psicologia e psiquiatria do Brasil, a saúde mental não é apenas a ausência de transtornos, mas também a presença de recursos sociais e ambientais, além das capacidades emocionais e cognitivas. “A OMS (Organização Mundial da Saúde) define a saúde mental como um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de utilizar suas habilidades cognitivas e emocionais, lidar com as demandas e o estresse cotidianos e contribuir para a sua comunidade. Então, a saúde mental é um componente integral da saúde e qualidade de vida das pessoas, e engloba o bem-estar emocional, psicológico e social. Grande parte das mulheres estão esgotadas em diversas áreas da vida, o que impacta profundamente a saúde mental delas”, completa a especialista.

Questionadas sobre os sentimentos frequentes do dia a dia, as entrevistadas apontaram a ansiedade (55%), o estresse (49%) e a irritabilidade (39%). A ansiedade, transtorno mais comum no Brasil, faz parte do dia a dia de seis em cada 10 mulheres brasileiras. Entre os fatores apontados como os que mais impõem sofrimento estão a situação financeira, dívidas, remuneração baixa e sobrecarga de trabalho. As mulheres seguem ganhando menos que os homens e são mais impactadas pelo desemprego. Uma brasileira recebe, em média, 78% do que ganha um homem pelo mesmo trabalho, na mesma função e hierarquia, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“É fundamental que as empresas promovam condições de trabalho e remuneração dignas, garantam salários igualitários para ambos os sexos e corrijam também disparidades raciais. Além disso, também é importante manter um ambiente de trabalho livre de assédio sexual e moral e instituir licenças-parentais que promovam o envolvimento de ambos os responsáveis no cuidado dos filhos, para que as mulheres não fiquem sobrecarregadas e não tenham suas carreiras prejudicadas”, diz Karina.

A psicóloga ressalta também a necessidade de apoio psicológico dentro das empresas. “O ambiente corporativo precisa ser acolhedor. O atendimento por uma equipe de saúde mental e o treinamento e suporte a líderes para que possam lidar com as crises do dia a dia desencadeadas por questões de saúde mental, são ações que podem melhorar a rotina feminina dentro das corporações”, completa a executiva.

A Telavita, healthtech pioneira em soluções digitais de psicologia e psiquiatria do Brasil, oferece programas de saúde emocional com acompanhamento personalizado e completo, que vão do mapeamento de condições de saúde a análises de desfecho clínico e saúde populacional, com uma jornada acompanhada por conteúdos psicoeducacionais. “As companhias precisam entender que promover a saúde mental traz vantagens para todos. Para empresas, os principais benefícios são redução da sinistralidade, controle de custos e gestão unificada. Para os colaboradores e pacientes, a facilidade e conveniência no atendimento favorecem um acompanhamento constante e estímulo ao autocuidado em uma experiência fluida e conveniente”, finaliza Karina.


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