08/03/2024 às 16h53min - Atualizada em 09/03/2024 às 08h13min

dr.consulta contribui para ampliar acesso de mulheres à saúde

Rede é alternativa ao SUS, no qual filas de espera aumentaram 83% para check-up feminino em 2023; foram mais de 430 mil mulheres atendidas e cerca de 192 mil consultas ginecológicas realizadas pela rede dr.consulta no ano

Mariana Pereira
Imagem: divulgação
 

São Paulo, 8 de março de 2024 – Um levantamento inédito do dr.consulta mostra que os atendimentos ginecológicos estão entre as três especialidades mais procuradas na rede. Ao mesmo tempo, o check-up feminino é um dos procedimentos com maior fila de espera no Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje, há pelo menos 83 mil pessoas na fila para exames relacionados à saúde da mulher na rede pública paulistana, enquanto mais de 430 mil mulheres foram atendidas nos centros médicos do dr.consulta em 2023. Foram cerca de 192 mil consultas realizadas na rede ao longo do ano, incluindo exames de rotina como o papanicolau.

 

Para Paula Morgensztern, coordenadora de Ginecologia do dr.consulta, a mulher enfrenta dois problemas centrais quando se fala em saúde. O primeiro é que, apesar de ir mais ao médico, a mulher carrega a responsabilidade de cuidar de toda a família e muitas vezes coloca a saúde dos outros em primeiro lugar. A segunda questão é a dificuldade de acesso, que contribui para diagnósticos tardios.

 

“Temos observado que quando as mulheres dependem exclusivamente do serviço público de saúde, elas acabam tendo mais problemas, pois têm uma frequência menor de ida ao médico e de realização dos exames, já que existe uma fila grande. Isso faz com que alguns problemas fiquem ocultos ou que elas desistam de procurar ajuda. Mas para muitos casos o diagnóstico precoce salva vidas, como é o caso do câncer de mama, mas também das lesões de câncer de colo de útero”, detalha a especialista.

 

Um exemplo disso é a história de Eliene Alves Ribeiro, paulistana e designer de unhas, de 37 anos. Ela procurou o SUS para uma cirurgia de laqueadura. Na sua primeira consulta, durante o exame de papanicolau, foram encontradas lesões no colo do útero que poderiam ser indícios de câncer. Após a realização da biópsia, que confirmou o caso, a especialista do SUS indicou a cirurgia de cauterização das lesões com urgência para que o problema não se agravasse.

 

“Eu tinha a indicação para que o procedimento fosse feito em 20 dias, mas fiquei quatro meses esperando na fila e não conseguia ser atendida. Eu tinha muito medo que o meu caso se agravasse, pois todos os especialistas diziam que eu precisava realizar o procedimento o quanto antes. Até que um colega do meu trabalho na época me recomendou o dr.consulta e logo em seguida eu já consegui realizar os exames pré-operatórios e depois o procedimento. Meu caso foi resolvido rapidamente e eu passei a cuidar da minha saúde na rede desde então”, relata Eliene.

 

Ao encontrar uma alternativa facilitada e acessível, Eliene aumentou a frequência das consultas de saúde e passou a usar outros serviços médicos da rede. Um exemplo é a vacina do HPV, que ela tomou após o tratamento como forma de prevenção para que a doença não retorne. “Eu sabia da existência do HPV. Eu sabia da existência da vacina, mas eu não tinha conhecimento da doença. Eu não sabia que o câncer era causado pelo HPV”, afirma.
 

A fala da paciente coincide com uma outra observação da especialista do dr.consulta, que afirma que mulheres que têm acompanhamento médico recorrente passam a tomar decisões melhores sobre a própria saúde. “Quando a mulher vai ao médico com a frequência correta, ela passa a conhecer mais o seu próprio histórico e é empoderada para se proteger, pois tem as informações e os meios para isso. E esse é um processo ainda melhor quando ela passa sempre pelo mesmo especialista na atenção primária”, afirma a médica.

 

Prevenção: papanicolau e check-up ginecológico salvam vidas

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que em 2020 tenham ocorrido cerca de 16.590 novos casos de câncer cervical no Brasil, tornando esse tipo de câncer um dos mais prevalentes após o câncer de mama. É por esse motivo que as diretrizes de saúde recomendam que as mulheres comecem a realizar o papanicolau – exame crucial para detectar anormalidades nas células do colo do útero, especialmente aquelas que podem indicar câncer cervical – regularmente a partir dos 21 anos de idade ou mais cedo se forem sexualmente ativas. A frequência dos procedimentos pode variar com base em fatores como idade e histórico médico.

 

“Esse tipo de procedimento tem sido associado a uma redução significativa nas taxas de mortalidade por câncer cervical. Estudos indicam que a triagem regular como o papanicolau pode reduzir a taxa de mortalidade em mais de 50% desde a introdução generalizada desse método”, alerta Paula Morgensztern, coordenadora de Ginecologia do dr.consulta.

 

Além dos procedimentos e consultas de rotina, a pesquisa identificou as principais demandas e queixas das mulheres que as levam aos consultórios da rede, incluindo transtornos da menopausa, nódulos mamários não identificados, alterações inflamatórias no colo do útero e infecções na vagina ou vulva. Por esse motivo, além da realização dos exames, a avaliação clínica no consultório é essencial em todas as fases da vida, permitindo uma abordagem holística da saúde feminina.

 

“Muitas vezes as mulheres identificam um caroço na mama e isso as leva a procurar ajuda. Em outros casos, há algum sintoma ginecológico que chama a atenção, como coceira ou corrimento. Por isso, no consultório, além de realizar a anamnese, também é importante oferecer à mulher um espaço para discutir as suas necessidades individuais, seja em relação ao planejamento familiar ou sugestões para que elas tenham melhor qualidade de vida”, conclui a especialista.


 
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