07/03/2024 às 09h39min - Atualizada em 08/03/2024 às 00h08min

Programa ‘Aki tem Trampo’ da ONG PAC emprega mulheres em situação de vulnerabilidade e promove transformação social, na periferia de São Paulo

A ONG PAC oferece a partir de formações realizadas com as mulheres assistidas na comunidade, oportunidades de emprego na instituição e as indica para vagas em empresas parceiras da ONG

Bianca Silva Sales
Mulheres na formação do Aki Tem Trampo | Divulgação
Segundo dados do IBGE, cerca de 81,6% dos lares com baixa renda do país são chefiados por mulheres. De acordo com pesquisa da FGV, essas mulheres, em geral, mães solo, possuem um rendimento financeiro 39% inferior ao dos homens casados com filhos e são elas que enfrentam maior desvantagem no mercado de trabalho, com uma taxa de desemprego de mais de 13%.
Além disso, quase sempre essas mulheres não possuem ensino médio ou superior, o que as afasta do mercado de trabalho formal e agrava a situação de vulnerabilidade social enfrentada. Diante desse cenário que a ONG PAC (Projeto Amigos da Comunidade), que há mais de 20 anos atua com mulheres em situação de vulnerabilidade social nas periferias de Pirituba, Jaraguá e  Pq. São Domingos, foi criado o programa ‘Aki tem Trampo’, que oferece formação e emprega  mulheres da comunidade na instituição, além de indicá-las para vagas no mercado de trabalho formal.
“Nós sempre trabalhamos a empregabilidade das mulheres da nossa comunidade com o Aki Tem Trampo, mas nos surgiu o seguinte questionamento: ‘Por que além de capacitar e indicá-las para vagas, não contratamos para trabalhar também no PAC?’ Assim, começamos a empregar essas mulheres na ONG e a incentivá-las no processo de autonomia financeira, empoderamento e autocuidado”, comenta Rosane Chene, CEO e co-fundadora da ONG PAC.
Claudia Neves de Souza, 44 anos, é uma das mulheres que tiveram a vida impactada positivamente pelo Programa Aki Tem Trampo, da ONG PAC.
Moradora de Pirituba, periferia da zona noroeste de São Paulo, Claudia já era assistida pela ONG antes mesmo de receber a oportunidade no programa. Mãe de quatro filhos Rafael (28), Clarissa (18), Murilo (17) e Miguel (14), ela matriculou os três mais novos nas atividades culturais, de esporte e lazer oferecidas gratuitamente aos moradores da região. Sem rede de apoio a ONG PAC, auxiliava nos cuidados com seus filhos e até no encaminhamento para consultas médicas, por meio da assistência social.
Em 2017, sem oportunidades de trabalho tanto para ela como para seu esposo à época, a situação financeira agravou-se e Claudia recebeu uma ordem de despejo da casa em que alugava. Em paralelo a isso, seguia na busca por uma vaga de emprego e foi quando o PAC, como conta, ofereceu a ela uma oportunidade.
“Fiz o processo seletivo para a vaga, e estava apreensiva porque até o momento eu nunca havia trabalhado com carteira assinada, mas consegui e estou no PAC há 7 anos, com muito orgulho!”, comemora Claudia, que é colaboradora da limpeza, na ONG.
Para ela, além do emprego, também acessou uma rede de apoio. “Com a ooportunidade eu consegui pagar o aluguel atrasado e alugar outro local para minha família. Nesse período, eu também sofria com a perda da minha mãe e todos me acolheram de uma forma muito cuidadosa”, aponta emocionada.
Por meio das palestras e atividades propostas pelo programa ‘Aki tem Trampo’, Claudia também recebeu incentivos para retornar aos estudos e concluir o ensino fundamental e médio. “Eu recebi apoio de reforço da equipe do PAC para concluir o ensino fundamental e ano passado (2023), conseguir o certificado do Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos) do ensino médio”, comenta Claudia.
Além das formações profissionais e empregabilidade, o programa Aki Tem Trampo, também oferece workshops para trabalhar o autocuidado, autoestima, empoderamento e cuidados com a saúde mental das mulheres que participam do programa. Foi a partir desse processo de autoconhecimento e empoderamento pessoal, que Claudia entendeu que quer ser pedagoga e atualmente já está inscrita na universidade.
“A ONG PAC é transformadora na minha vida. Antes eu não tinha uma resposta para minha vida, mas hoje eu tenho, por meio do PAC. Quero ser pedagoga e crescer dentro da ONG”, comenta Claudia.
Além de conseguir melhorar a vida financeira e ser rede de apoio na criação de seus filhos, para Claudia, a ONG também ofereceu autonomia e empoderamento necessários para romper com ciclos de violência, vivenciado com o ex-marido.
Para Rosane Chene, CEO e co-fundadora da ONG PAC, programas como o Aki Tem Trampo, são uma oportunidade de transformação social na vida de mulheres da comunidade. “Mais que oferecer uma vaga no mercado de trabalho ou dentro da ONG, o programa Aki Tem Trampo, busca fortalecer mulheres periféricas, para que elas possam ser protagonistas da sua história, ter autonomia, romper ciclos de violência e de fato, construir um futuro mais próspero”, finaliza.

Sobre o PAC - Projeto Amigos da Comunidade  
    
Fundado há 20 anos, o PAC – Projeto Amigos da Comunidade uma Organização Social sem fins lucrativos certificada pelo CEBAS - Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social - que atende a população em situação de vulnerabilidade e/ou risco social nos distritos de Pirituba, São Domingos e Jaraguá (SP).  Atualmente, o PAC conta com mais de 92 funcionários, cerca de 5.000 voluntários, 187 mantenedores via doação e mais de 10 empresas parceiras que subsidiam as oficinas promovidas pela organização, como Elo, Sow, Co.Aktion, Netas, Totvs Meridional, R3 e  Zendesk.      
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