06/03/2024 às 16h02min - Atualizada em 08/03/2024 às 00h03min

Satélite MethaneSAT, dedicado à detecção de metano, é lançado com sucesso

O projeto marca uma nova era de transparência e responsabilidade climática a nível global. Os dados gerados pelo equipamento estarão disponíveis online de forma rápida e gratuita, permitindo que empresas, reguladores, investidores e o público em geral tenham acesso regular e frequente a informações detalhadas sobre emissões de metano.

ABREN
MethaneSAT/Divulgação
Brasília, 6 de março de 2024 – O MethaneSAT, satélite mais avançado do mundo dedicado à detecção de metano, entrou em órbita na última segunda-feira (4) em um movimento que representa um marco rumo ao avanço tecnológico e ambiental na luta contra as mudanças climáticas, com implicações importantes para o Brasil e o mundo. O lançamento ocorreu por meio do Falcon 9, da SpaceX.

Desenvolvido pela MethaneSAT, LLC, uma subsidiária integral do Fundo de Defesa Ambiental (EDF), o MethaneSAT foi projetado para medir emissões de metano com uma precisão e resolução sem precedentes em escala global. O satélite tem como objetivo fornecer dados de alta resolução a respeito das emissões de metano de instalações de petróleo, gás, minas de carvão, aterros sanitários e agricultura, preenchendo lacunas críticas nas capacidades dos satélites de dados de metano existentes e se tornando uma ferramenta poderosa para acelerar a ação climática​​​​.

Além de sua capacidade técnica avançada, o MethaneSAT marca uma nova era de transparência e responsabilidade climática. Os dados gerados pelo satélite estarão disponíveis online de forma rápida e gratuita, permitindo que empresas, reguladores, investidores e o público em geral tenham acesso regular e frequente a informações detalhadas sobre emissões de metano. Isso não apenas facilita a conformidade regulatória e melhora a competitividade do mercado, mas também apoia os investidores na tomada de decisão em apoiar a agenda climática global.

O MethaneSAT destaca-se, ainda, por sua capacidade de monitorar emissões em regiões que contabilizam mais de 80% da produção global de petróleo e gás, identificando taxas de emissão de metano e as fontes dessas emissões. Segundo Yuri Schmitke, presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN), “essa capacidade é particularmente relevante para o Brasil, dada a importância do monitoramento de aterros sanitários e outras fontes significativas de emissões de metano. A transparência sem precedentes proporcionada pelo MethaneSAT permitirá que operadores em todo o mundo encontrem e corrijam problemas mais rapidamente, além de avaliar o desempenho em relação às metas de metano, compromissos e obrigações legais, catalisando reduções reais de metano no mundo”​​.

Após seis anos de intenso trabalho e mais de um milhão de horas dedicadas, a equipe do MethaneSAT concluiu a montagem do revolucionário satélite de detecção de metano no Colorado, preparando-o para lançamento na Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia. Este marco sinaliza uma nova fase na capacidade de medir emissões de metano em escala global, identificar problemas antes invisíveis e calcular o total das emissões, suas origens e como mudam ao longo do tempo.

O MethaneSAT promete acelerar os esforços de redução de gases de efeito estufa por parte de países e empresas dos setores que emitem metano graças à sua precisão sem precedentes. A parceria com a Google potencializa este objetivo, fornecendo serviços essenciais de nuvem e mapeamento para facilitar o processamento, acesso e visualização dos dados coletados pelo MethaneSAT. A Google Cloud oferecerá as capacidades computacionais necessárias para processar o vasto fluxo de dados do satélite de maneira rápida e segura, além de auxiliar na melhoria do banco de dados da infraestrutura global dos emissores. O esforço conjunto também inclui a integração dos dados do MethaneSAT no Google Earth Engine, ampliando o acesso e a utilidade dos dados para usuários em todo o mundo.

A colaboração com a Google, juntamente com o apoio de mais de 70 especialistas de instituições de renome como a Bezos Earth Fund, Ball Aerospace, Blue Canyon Technologies, a Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas de Harvard e o Centro de Astrofísica Harvard/Smithsonian, entre outros, coloca o MethaneSAT na vanguarda da detecção de metano, oferecendo uma ferramenta poderosa para a ação climática global.

Sobre o MethaneSAT
O MethaneSAT é um projeto iniciado pela MethaneSAT, LLC, uma subsidiária integral do Fundo de Defesa Ambiental (EDF), com o objetivo de monitorar e estudar emissões de metano em uma escala global para combater as mudanças climáticas. Com a tecnologia de detecção avançada, o MethaneSAT visa fornecer dados precisos e acionáveis sobre emissões de metano, permitindo esforços significativos na redução destas emissões em todo o mundo.

Para mais informações, acesse MethaneSAT.org e https://vitalsigns.edf.org/methane-sat-updates

Sobre a ABREN:
A Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) é uma entidade nacional, sem fins lucrativos, que tem como missão promover a interlocução entre a iniciativa privada e as instituições públicas, nas esferas nacional e internacional, e em todos os níveis governamentais. A ABREN representa empresas, consultores e fabricantes de equipamentos de recuperação energética, reciclagem e logística reversa de resíduos sólidos, com o objetivo de promover estudos, pesquisas, eventos e buscar por soluções legais e regulatórias para o desenvolvimento de uma indústria sustentável e integrada de tratamento de resíduos sólidos no Brasil. 

A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (Global WtERT), instituição de tecnologia e pesquisa proeminente que atua em diversos países, com sede na cidade de Nova York, Estados Unidos, tendo por objetivo promover as melhores práticas de gestão de resíduos por meio da recuperação energética e da reciclagem. O Presidente Executivo da ABREN, Yuri Schmitke, é o atual Vice-Presidente LATAM do Global WtERT e Presidente do WtERT – Brasil. Conheça mais detalhes sobre a ABREN acessando o site, Linkedin, Facebook, Instagram e YouTube da associação.
 
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