Dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que Jundiaí está à frente da média nacional em saneamento, além de número de banheiros por imóvel e coleta de lixo. De acordo com o Censo, a cidade aparece com 99,77% de atendimento com redes de água e 98,05% com coleta de esgoto – sendo que a média no País é de 86,6% para ligação à rede geral de água e de 75,5% para descarte adequado de esgoto. Brasileiros que contam com banheiro exclusivo (não compartilhado) somam 97,8% da população, enquanto em Jundiaí chegam a 99,98% – quase 100%. A coleta de lixo atende 90,9% dos brasileiros, sendo que, na cidade, são 99,89%. “Os números são resultado de administrações que tiveram como foco o planejamento e o investimento orçamentário correto, utilizando recursos para o que a população mais precisa. Acesso à água de qualidade e esgoto tratado contribuem para garantir mais saúde e qualidade de vida, em especial para as crianças”, avalia o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado. Além disso, 100% do esgoto coletado na cidade é tratado e retorna limpo à natureza. Rio Jundiaí O investimento de Jundiaí na implantação de novas redes de esgoto e no tratamento foi um dos fatores preponderantes para a reclassificação do rio Jundiaí. Para que isso fosse possível, em 1984, a cidade aderiu ao Cerju (Comitê de Estudos e Recuperação do rio Jundiaí), uma parceria tripartite entre o Governo do Estado (representado pela Cetesb), a Prefeitura de Jundiaí (representada pela DAE) e as indústrias (representadas pelo Ciesp), com o objetivo de despoluir completamente a bacia do rio Jundiaí, um dos afluentes do rio Tietê na cidade de Salto. Em 1996, a DAE fez a concessão do tratamento de esgoto à iniciativa privada. A partir disso, a Companhia Saneamento de Jundiaí (CSJ) implantou e faz a operação da Estação de Tratamento de Esgoto Jundiaí (ETEJ). Como resultado destas ações, o rio Jundiaí passou de Classe IV para Classe III, próprio para consumo humano, após o tratamento correto. A mudança de classe, ocorrida em 2017, é considerada um marco na gestão dos recursos hídricos. Também contribui para os bons índices a aprovação do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), documento que está em consonância com as orientações da Lei Federal nº 11.445/2007 e que foi realizado em parceria com a Prefeitura de Jundiaí. O PMSB foi instituído pela Lei nº 8.881, de 13 de dezembro de 2017, e norteia as iniciativas da empresa. Esforços O Censo reconhece os esforços feitos por Jundiaí para a universalização do saneamento. Iniciativas como a implantação de redes de água e esgoto em áreas limítrofes, como as obras realizadas pela DAE no núcleo Balsan, Jardim Tamoio e Baixada do Paraná estão entre elas. Mais de mil moradores foram beneficiados com o acesso ao saneamento, que atingiu até parte da população de Várzea Paulista.