28/02/2024 às 23h36min - Atualizada em 29/02/2024 às 00h05min

O que está desmotivando os trabalhadores brasileiros?

Estagnação profissional, salários e benefícios insuficientes são alguns motivos pelos quais as pessoas pretendem mudar de emprego este ano

Wesley Martins
Pixabay

Em um mercado competitivo, manter os colaboradores por muito tempo na mesma empresa é um dos principais desafios dos negócios e profissionais de RH. Com mudanças de hábitos e prioridades, os trabalhadores brasileiros passaram a buscar oportunidades que não apenas supram suas necessidades básicas, mas que possam ir além. Eles estão interessados, por exemplo, em companhias que cuidem do bem-estar, da saúde, garantam reconhecimento e boa remuneração.

De acordo com estudo realizado pela Robert Half, consultoria de recrutamento, 64% dos trabalhadores planejam trocar de empresa em 2024. Entre os motivos estão o crescimento profissional, aumento de salários, melhores benefícios e a preferência pelo modelo remoto ou híbrido. Esse índice pode ser um alerta para as empresas que não desejam perder seus funcionários. 

“A saída de colaboradores impacta os processos e resultados de uma empresa, além de gerar perda de tempo e custos financeiros. Hoje, achar talentos de res. É importante que os gestores olhem com atenção para seus liderados, buscando saber seus níveis de satisfação e entender como podem mantê-los engajados”, explica Wander Luiz, gerente de desenvolvimento organizacional da Up Brasil, multinacional de benefícios corporativos. 

Pensando nas principais causas que vêm desmotivando os trabalhadores e resultando em trocas de emprego, Wander destacou algumas dicas para que as empresas consigam reter seus talentos ao longo deste ano. Confira:

Crescimento profissional

A oportunidade de crescimento está entre os principais impulsionadores de uma boa cultura corporativa. Nos últimos anos, os trabalhadores passaram a buscar empresas que se preocupam com a evolução da carreira de seus funcionários. Segundo uma pesquisa da Up Brasil, 94% dos candidatos a empregos avaliam o que é oferecido pela contratante além do salário, e o incentivo ligado ao crescimento profissional está entre eles.

“Oferecer cursos de capacitação, treinamentos internos, ajuda financeira para graduações ou aprendizado de novas línguas são pontos-chave”, afirma o gerente de desenvolvimento organizacional da Up Brasil. “Benefícios, incentivos e premiações valorizam sua gestão e evitam a rotatividade da equipe”.

Bem-estar e saúde

Depois de tantas reflexões provocadas pelos desafios dos últimos anos, as equipes de RH não podem deixar de lado o debate sobre saúde e qualidade de vida no trabalho. “O bem-estar do empregado está diretamente relacionado com o seu engajamento na função, a sua satisfação com a empresa e produtividade no ofício”, defende Wander.

Os benefícios corporativos podem ajudar as companhias a motivar seus colaboradores na adoção de um estilo de vida mais equilibrado. Então, vale incentivar a alimentação saudável e as atividades físicas, além de realizar campanhas temáticas e promover o acesso à compra de medicamentos, a convênios médicos, entre outros.

Melhores salários 

A motivação, o reconhecimento e até mesmo a saúde dos colaboradores está diretamente ligada à remuneração. “Se as pessoas perceberem que os valores recebidos não são compatíveis com seu esforço e desenvolvimento, é bem provável que busquem oportunidades que pagam melhor”, comenta Wander Luiz. “Ainda mais se o salário for insuficiente para arcar com as despesas pessoais”, continua.

Nem todas as empresas possuem um fluxo de caixa robusto para aumentar o salário de todos os seus funcionários. No entanto, hoje, já existem benefícios que podem melhorar esse cenário, como o cartão de antecipação salarial. Ele é capaz de aliviar o orçamento pessoal e, além disso, diminuir o estresse financeiro. 


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