19/02/2024 às 11h03min - Atualizada em 20/02/2024 às 00h01min

Cannabis e crise ambiental: planta pode ajudar a reduzir os efeitos climáticos devido a seu poder de absorção de CO2

Planta é capaz de absorver até quatro vezes mais CO2 da atmosfera que o milho, que é a segunda maior cultura agrícola do mundo

Kanna Coin
Freepik

Se há algum tempo ouvia-se falar que no futuro sentiriamos os impactos dos danos causados pelos humanos ao meio-ambiente, o futuro chegou. No quesito emissão de CO2, deixar de emiti-lo já não é suficiente, e a Cannabis pode ajudar. Segundo o centro de pesquisa de Nova York, Hudson Carbon, um acre de plantas de cannabis pode reter até três toneladas de Carbono, removendo mais de sete toneladas da atmosfera. 

Na recente Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), a comitiva brasileira discutiu os passos do país em direção à descarbonização, especialmente na indústria. Os parlamentares presentes afirmaram também que o Congresso busca uma "pauta verde", abordando temas como a regulamentação da comercialização de hidrogênio verde e a regulamentação do mercado de carbono para contribuir com o desenvolvimento sustentável do país.

O mercado brasileiro, no entanto, ainda está atrás de outros países que possuem a liberação do cultivo da Cannabis - planta que pode auxiliar nas questões ligadas à emissão de CO2 - como China e Estados Unidos. No Brasil, o plantio só pode ser realizado com autorizações especiais. O cânhamo, planta da família da Cannabis, é capaz de absorver até quatro vezes mais CO2 da atmosfera que o milho, que é a segunda maior cultura agrícola do mundo, apenas atrás do trigo. A informação é do Centro de Pesquisas Hudson Carbon, com sede em Nova York.

A grande vantagem do cânhamo é sua capacidade de absorver o CO2 não apenas no solo, mas também em suas fibras. A planta absorve entre 8 a 15 toneladas de CO2 por hectare de cultivo, o que evita a liberação durante a colheita. Segundo Luis Quintanilha, CEO e cofundador da Kanna, primeira DAO ESG do Brasil que une a tecnologia blockchain com o mercado do cânhamo, essas características tornam a planta eficaz na captura e armazenamento de carbono, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas. 

Para o empreendedor, neste contexto de desafios climáticos globais, a COP 28 reforçou a necessidade crítica de encontrar soluções inovadoras para a absorção de carbono. “A conferência da ONU nos mostrou que o tempo de agir é agora. A Cannabis, especialmente o cânhamo, tem um potencial incrível para se tornar uma ferramenta vital na luta contra as mudanças climáticas”.

À medida que o mundo enfrenta os desafios iminentes das mudanças climáticas, a Cannabis emerge como uma possível aliada na busca por soluções ambientais. A recente atenção dada à descarbonização, especialmente durante a última COP 28, destaca a urgência de explorar alternativas eficazes para combater as emissões de carbono.


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