10/02/2024 às 09h22min - Atualizada em 14/02/2024 às 00h12min

Redenção precisa de mulheres na política

Novo cenário político paraense amplia intenção de candidaturas femininas em ano eleitoral.

Renê Valente
Agência Brasil
Com apenas uma representante feminina em exercício na Câmara de vereadores de Redenção (cidade situada ao sul do estado do Pará) e com possibilidade de aumento das cadeiras na casa civil, a pré-campanha de 2024 põe em evidência nomes de lideranças e influenciadoras na busca por uma vaga.

A participação da mulher na política é crucial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. De acordo como o senso de 2022, as mulheres são maioria em todas as regiões do país. Em números absolutos, são 16.055.174 habitantes. Deste total, 52,8% são mulheres e 47,2% são homens.

 Apesar dos avanços conquistados nas últimas décadas, elas ainda estão sub-representadas nos espaços de poder político, ou seja, atuam mais nos bastidores e não à frente do comando.

Segundo a comunicadora Telma Medeiros, o histórico do município paraense é um espelho do contexto brasileiro, onde a cultura masculinizada impede que a força feminina rompa essa barreira, resultando no baixo número de candidaturas no embate eleitoral.

Telma é um nome expressivo no período de pré-campanha e aproveitando a reputação adquirida em diversos veículos de comunicação e seu canal de entrevistas, tem o desejo de mudar essa realidade. “Na politica temos um ambiente muito masculino que não enxerga a sensibilidade da mulher como ponto positivo, favorecendo as politicas públicas e ajudando o próximo”, diz a influenciadora.

Das inúmeras enquetes realizadas, vários nomes vêm se destacando com grande força no intento. Algumas são novatas, já outras com bagagem e votos conquistados em eleições anteriores.

No time das veteranas temos a pastoral Val, que em 2020 obteve 853 votos, ficando na suplência no cargo de vereadora. Ela retorna à disputa com mais empenho e vontade de contribuir com a população.

Val credita a falta de confiança dos partidos no grupo feminino para desenvolver uma boa campanha. “Na maioria das vezes as mulheres tem seus nomes registrados em alguma eleição somente para cumprir as exigências das leis eleitorais e não para de fato realizarem uma campanha competitiva”, ressalta a pré-candidata.

Dentre as novatas, Mariza Almeida, que foi candidata à deputada estadual na eleição de 2022, ganhou mais repercussão devido seu forte ativismo pró-direita e  surge como uma das favoritas, chegando até ser cotada como pré-candidata a prefeita. Lembrando que, até o momento, não há pré-candidatura feminina para o cargo majoritário.

Conforme dados do TSE, no âmbito nacional, houve aumento de candidatas nas eleições 2022 de 31,8 para 33% e eleitas também subiu de 15 para 18,2%.

Embora a participação da mulher na política brasileira tenha evoluído de maneira tímida nos últimos anos, ainda há um longo caminho a ser percorrido e assim, alcançar a igualdade entre os gêneros. É fundamental que as lideranças femininas se unam e engajam seus posicionamentos para mudar essa realidade.

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp