divulgaçãoMesmo com a indefinição sobre o Novo Ensino Médio (previsto para 2024 conforme projeto de lei 5.230/23, mas com data de vigência indefinida em função das discussões no Congresso), cerca de 3 em cada 4 escolas particulares de educação básica seguem reestruturando o conteúdo pedagógico para se adequar ao modelo proposto. Os dados são da pesquisa 2023 ‘Fenep: Novo Ensino Médio’, realizada pela Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) com 239 escolas associadas em 10 estados e Distrito Federal.
De acordo com o levantamento, 76% das instituições respondentes estão se adequando ao novo modelo por conta própria e sem a colaboração de assessoria externa. Ainda na pesquisa, a maioria (66%) passou a adotar o novo currículo em 2022, 26,5% informaram que o processo começou em anos anteriores (o PL é de 2017, mas recebeu emendas) e 5,5% deram início em 2023.
As escolas também responderam que a carga horária dos estudantes cresceu em 64% dos casos e refletiu-se em aumento do quadro de docentes em 49% das instituições, além da adaptação e ampliação da infraestrutura escolar em 45% dos casos. “A maioria das escolas está satisfeita e quer que o modelo que está sendo implementado continue, ainda que existam ajustes que sabem ser necessários”, segundo a Fenep.
Projeto de Vida
Um dos principais pontos do Novo Ensino Médio, o Projeto de Vida apoia os estudantes nas escolhas das disciplinas eletivas mais interessantes para que possam alcançar seus objetivos (os chamados itinerários formativos). A Lumiar trabalha com eletivas já há muitos anos. Refletir sobre metas, necessidades de aprendizagem, interesses pessoais e do próprio grupo, são práticas que compõem a metodologia da escola.
“A partir deste ano, além de ampliar o número de turmas no Ensino Médio, a Lumiar está aumentando a oferta de eletivas, possibilitando itinerários formativos mais ricos nas unidades que oferecem Ensino Médio. O estudante têm agora ainda mais opções para desenhar seu próprio currículo, baseado em seu projeto de vida", explica Antonio Oliveira, coordenador do ensino médio da unidade Vila Olímpia da Lumiar.
Caso o objetivo do aluno seja ingressar em uma universidade e contar com uma boa pontuação no Enem, a preparação terá esse direcionamento. Para ajudar, a escola conta com a figura do professor tutor, que acompanha o aluno durante todo o ensino médio e orienta o desenvolvimento de projetos e competências relacionadas às escolhas pessoais. “Somos uma das únicas escolas com tutor para estudantes do Ensino Médio”, reforça Antonio.
Aulas de Tecnologia
Antonio também cita que, para diversificar os itinerários formativos e ampliar o tempo de estudo - também previsto no Novo Ensino Médio -, a Lumiar firmou uma parceria com a Inteli (Instituto de Tecnologia e Liderança, dos sócios do banco BTG). A cada semestre, os alunos podem fazer um curso eletivo de tecnologia lecionado em parceria com a Inteli.
O objetivo não é só fazer o aluno estudar uma disciplina de tecnologia, mas desenvolver pensamento computacional e outras competências maiores. “Isso é para todas as carreiras. Tem o estudante que quer uma carreira de tecnologia e aquele que se interessa por influência digital. Por exemplo, temos um aluno que quer ser dançarino e tem muito contato com o público, clientela, nas mídias digitais”, argumenta Antonio.
Washington Academy
Além da imersão em tecnologia, a escola oferece aos seus alunos a possibilidade de realizarem cursos oferecidos pela Washington Academy, uma escola de Ensino Médio estadunidense. Os cursos são oferecidos online e variam de cursos de inglês e História dos Estados Unidos a cursos específicos avançados de nível universitário
“Temos parceria com a representante da Academia Washington no Brasil para que nossos estudantes possam optar por esses cursos se eles fizerem sentido para o projeto de vida delas ou deles.”
Independente da adoção de um novo currículo educacional para o ensino médio, Antonio afirma que as escolas têm a função de preparar os alunos para os desafios do futuro. “Temos que educar estudantes para a vida. A escola não deve se preocupar em apenas preparar jovens para uma competição aos 18 anos, mas em formar cidadãos que tenham repertório para serem felizes e terem sucesso onde decidirem.”
