"O caso Elmo é apenas a ponta do iceberg", comenta Eduardo Moura, médico e diretor do Research Center, centro de pesquisa vinculado à Afya. "Precisamos descer mais fundo e olhar também para a saúde mental da comunidade médica, um desafio silencioso que tem se agravado nos últimos anos. Para se ter uma ideia, 7 a cada 10 médicos no Brasil já apresentaram sinais de depressão", revela o pesquisador.
Os dados são do Panorama da Saúde Mental 2022, estudo inédito conduzido pelo Research Center para analisar o bem-estar dos médicos no país. Segundo o estudo, 80% dos médicos brasileiros sofreram com sintomas de transtorno de ansiedade, enquanto 70% deles já apresentaram sinais de depressão. Condizente com o adoecimento mental, 62% dos médicos já tiveram manifestações compatíveis com Burnout.
No que se refere à qualidade de vida, a média de horas de trabalho semanais foi de 52,5, sendo que 24% destes profissionais trabalham mais de 60 horas semanais, e somente 35% dos entrevistados conseguem manter regularmente um sono reparador. Além disso, apenas 33% dos entrevistados contam com momentos de lazer e apenas 30% praticam atividade física.
O estudo contemplou médicos especialistas (59%), generalistas (29,5%), e em especialização (11,5%). Do total, 41,6% atuam em emergências.
"É crucial que aqueles que dedicam suas vidas a cuidar dos outros também recebam o cuidado necessário para preservar sua própria saúde mental. Precisamos pensar nas dimensões emocionais e psicológicas daqueles que praticam a medicina, que muitas vezes enfrentam pressões constantes e desafios intensos", reforça Moura.
O médico cita como exemplos de medidas institucionais protetoras em relação à saúde mental do médico as medidas de controle de jornada, equilíbrio de remuneração, capacitação profissional corporativa, construção de redes de apoio e suporte.
"A Afya, reconhecendo a importância dessa temática, tem implementado pesquisas sobre saúde mental da comunidade médica, além das campanhas do Janeiro Branco, que correm o ano inteiro, e iniciativas voltadas à promoção ao bem-estar dos médicos. São medidas que buscam romper com o estigma, encorajando os médicos a priorizarem sua saúde mental e a procurarem ajuda quando necessário. É hora de quebrar o silêncio em torno dessa questão e construir uma cultura que favoreça o bem-estar da comunidade médica", conclui o médico.
SOBRE A AFYA
A Afya tem como propósito transformar a saúde junto com quem tem a medicina como vocação. Líder de educação e soluções digitais médicas, o grupo reúne 32 Instituições de Ensino Superior espalhadas pelas cinco regiões do Brasil, sendo que 30 delas oferecem cursos de medicina e 15 unidades promovem pós-graduação e educação continuada nas áreas médicas e de saúde. Ao todo, são 3.163 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC).
Há mais de 20 anos formando médicos em cidades de pequeno e médio porte pelo país, a Afya é a única empresa que se relaciona com o médico em todas as etapas da carreira. O grupo é pioneiro na adoção de práticas digitais voltadas para a aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina. Um em cada 3 médicos e estudantes de medicina do país utiliza pelo menos uma solução digital do portfólio que inclui Afya Whitebook, Afya iClinic, Afya Papers, entre outras.
A Afya foi a primeira empresa de educação médica do mundo a abrir capital na Nasdaq, em 2019. Recentemente, a companhia recebeu relevantes prêmios do jornal Valor Econômico. Foi reconhecida no "Valor Inovação" (2023) como empresa de educação mais inovadora do Brasil, e no "Valor 1000" (2023), como melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi ainda reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023).
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