08/02/2024 às 14h45min - Atualizada em 08/02/2024 às 20h00min

Mercado Livre de Energia: dicas às PMEs que querem se preparar para a migração

Empresas poderão negociar preços, quantidade de energia adquirida, condições de pagamento e período de fornecimento

Giuliana Gonçalves
Divulgação

Nos últimos anos, temos testemunhado uma transformação significativa no cenário energético, especialmente no que diz respeito à diversidade de opções de soluções disponíveis às empresas, visando a baixa nos custos e a sustentabilidade. Em linha com esses avanços, a Portaria Normativa Nº 50 viabilizou a abertura do Mercado Livre de Energia (MLE) para clientes do Grupo A – de média e alta tensão, composto por UCs (unidades consumidoras), como indústrias e comércios, que recebem energia elétrica em tensão igual ou superior a 2,3 kW, ou são atendidas por um sistema subterrâneo de distribuição. São mercados, padarias, açougues e outros centros comerciais que ainda são atendidos no ambiente de contratação regulada, como a maioria dos clientes, e que, a partir de janeiro de 24, poderão se beneficiar dessa nova fase.

“Chegamos à etapa do verdadeiro empoderamento do consumidor, que terá liberdade de escolha, maior autonomia e eficiência, e poderá contar com soluções únicas e exclusivas em energia para seus negócios”, afirma Gabriel Barreto, diretor-executivo e fundador da Athena, comercializadora que oferece soluções de energia customizadas às empresas, com sustentabilidade e redução de custos. O executivo afirma que as empresas agora passam a definir suas próprias estratégias para encontrar as melhores soluções para compra, já que o MLE proporciona um ambiente de negócios em que é possível tratar diretamente com as geradoras e comercializadoras de energia, de qualquer lugar do país. “É um ambiente de contratação livre, em que os clientes negociam energia elétrica e podem discutir preço, condições de pagamento, quantidade a ser adquirida e período de fornecimento”, explica. 

No mercado livre de energia, as PMEs têm a liberdade de negociar contratos personalizados, adaptados às suas demandas específicas de consumo e orçamento. Essa flexibilidade permite uma gestão mais eficiente dos recursos energéticos, otimizando os custos e garantindo um suprimento alinhado às necessidades operacionais.

Barreto dá algumas dicas que podem auxiliar as PMEs no processo de migração:

1. Avalie as necessidades internas

Antes de dar o 1º passo para o mercado livre, é fundamental realizar uma análise interna das necessidades energéticas da empresa. Isso inclui entender os padrões de consumo, identificar os horários de pico e baixa demanda e determinar as metas de eficiência energética. Essas informações são de extrema importância para negociar contratos personalizados.

2. Contrate uma consultoria especializada

Contar com a orientação de consultores especializados em energia pode ser valioso, já que esses profissionais podem ajudar a interpretar as complexidades do mercado livre, avaliar propostas de fornecedores e garantir que a empresa faça escolhas informadas e estratégicas. Também é importante contar com um projeto exclusivo de acordo com as suas necessidades.

3. Compreenda a legislação e a regulamentação do setor

A migração para o mercado livre envolve conformidade com regulamentações específicas. Portanto, é essencial que as PMEs compreendam a legislação vigente, os requisitos para elegibilidade e as obrigações contratuais, mantendo-se atualizadas sobre possíveis mudanças na legislação.

4. Negocie contratos personalizados 

Ao entrar no mercado livre, as PMEs têm a oportunidade de negociar contratos personalizados que atendam às suas necessidades específicas. É importante, então, conhecer diferentes fornecedores, comparar propostas e negociar termos que se alinhem aos objetivos da empresa, garantindo a flexibilidade necessária.

5. Faça o monitoramento contínuo do consumo

Implementar sistemas de monitoramento contínuo do consumo energético é essencial. Isso permite que a empresa identifique áreas de desperdício, otimize processos e ajuste a demanda de acordo com as flutuações no mercado, contribuindo para uma gestão mais eficiente.

6. Buscar fontes renováveis

Considere a possibilidade de adquirir energia de fontes renováveis. Além de ser uma escolha sustentável, muitas vezes, pode haver incentivos financeiros e benefícios reputacionais associados à utilização de energia verde.

7. Avalie riscos e desenvolva estratégias de gerenciamento

Antes de tomar qualquer decisão, as PMEs devem realizar uma análise detalhada de riscos associados à migração para o mercado livre. Desenvolver estratégias de gerenciamento de riscos ajudará a mitigar potenciais impactos adversos e garantir uma transição suave.

 

Contribuindo com a sustentabilidade

A redução de custos operacionais resultante da migração para o mercado livre também proporciona às empresas uma vantagem competitiva. Com despesas energéticas mais controladas, essas organizações podem direcionar recursos financeiros para áreas estratégicas como inovação, expansão e melhoria da qualidade de produtos e serviços. 

Mas os benefícios colhidos vão além dos custos mais baixos: “as pequenas e médias empresas que já migraram para o MLE têm se destacado ao abraçar essa mudança, colhendo uma série de benefícios, já que o ambiente oferece oportunidades para a aquisição de energia proveniente de fontes renováveis, não apenas reduzindo sua pegada de carbono, mas também contribuindo para a promoção de práticas sustentáveis, atendendo às crescentes expectativas do mercado e da sociedade”, finaliza o executivo.

Segundo levantamento divulgado pela Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia), 12,8 mil empresas já informaram às distribuidoras que vão migrar para o mercado livre de energia a partir de janeiro de 2024 – data prevista para início da migração. Dessas, cerca de 12 mil unidades consumidoras (94%) são de menor porte, com demanda menor de 500 kW. Das 202 mil unidades consumidoras do Grupo A – que recebem energia em média e alta tensão –, mais de 36 mil já estão no mercado livre. Dessa forma, cerca de 165 mil unidades ainda têm potencial de migração a partir do ano que vem. 

A estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é de que, com a abertura, haja migração de clientes que consomem um total de 279,4 gigawatts-hora (GWh) de energia por mês – 1% da energia demandada mensalmente pelos consumidores no mercado cativo, que só podem comprar energia de distribuidora local.

Sobre a Athena 

Criada em 2019, a Athena é uma comercializadora de energia e gás natural, que tem como principal compromisso impulsionar e transformar o mercado por meio de valores como a transparência, segurança, sustentabilidade, inovação e tecnologia, com foco na redução de custos e/ou maximização de lucro para seus clientes. Para tanto, oferece um vasto portfólio de soluções integradas e customizadas às empresas, como: diagnóstico e projeto para redução de consumo; Certificado Internacional de Energia Renovável (I-REC), para comprovar que a energia que é consumida é proveniente de fonte renovável, diminuindo o impacto ambiental; e, ainda, o Selo Verde – que é o Certificado Athena de economia anual com o uso de energia renovável e compensação de carbono. A empresa faz parte do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) e possui o Selo B, que representa as organizações apoiadoras da cultura socioambiental. Em 2023, a Athena foi certificada pelo Great Place to Work (GPTW), um dos selos mais importantes no que se refere à gestão de pessoas nas empresas.



 
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