02/02/2024 às 09h56min - Atualizada em 03/02/2024 às 04h02min

Segundo especialista, a incontinência urinária feminina, que atinge mais de 20% das mulheres no Brasil, é mais comum durante a menopausa

O urologista dr. Fábio Tanno explica o que é, quais as causas, os tipos e os melhores tratamentos para a incontinência urinária feminina, que atinge mais o público 50+;

Marina Fonseca
Divulgação
São Paulo, 22 de janeiro de 2024  - A incontinência urinária feminina (IUF) é definida como perda involuntária de urina e possui quatro tipos. Este distúrbio, que pode ser diagnosticado por meio de entrevista médica juntamente com exame clínico, costuma afetar a vida social das mulheres, especialmente a autoestima e o convívio social. Atinge, principalmente, mulheres na menopausa. Segundo estudo recente da Sociedade Brasileira de Urologia, mais de 70% das mulheres em todo o mundo sofrem de incontinência urinária. Já no Brasil estima-se que 11 a 23% das mulheres tenham a doença.

Além da menopausa, outras causas são: queda do tônus muscular da região pélvica, obesidade, gestação prévia e problemas neurológicos. Segundo o urologista da Prime Care Medical Complex e membro Especialista pela Sociedade Brasileira de Urologia, Dr. Fábio Tanno, a IUF pode acometer mulheres de qualquer idade, mas é mais comum durante a menopausa. “A porcentagem é maior em mulheres menopausadas, chegando a 25-50% nessa população”, comenta. (Crédito: imagem criada por Inteligência Artificial, via ChatGPT).

Tipos de Incontinência Urinária na mulher – Segundo o Dr. Fábio Tanno existem quatro tipos distintos de IUF: a Incontinência Urinária de Esforço – a perda involuntária acontece quando a mulher faz alguma atividade com esforço físico (pulo, corrida ou musculação). “Pode acontecer até quando ela tosse ou espirra”, diz. A principal causa deste tipo é a queda no tônus muscular da região pélvica e da uretra. O segundo tipo é a Incontinência Urinária de Urgência – acontece a perda quando a mulher tem vontade de urinar e não consegue segurar, causada por contração involuntária da bexiga. O terceiro tipo é a Incontinência Urinária Mista, que é a associação dos tipos um e dois. E a quarta e última é a Incontinência Urinária por transbordamento, quando há perda de sensibilidade da bexiga (a mulher não sente que está cheia) e simplesmente "transborda", gerando perdas urinárias involuntárias.

Como é feito o diagnóstico? Para diagnosticar a IUF, o médico precisa de uma anamnese - entrevista prévia realizada durante a consulta - associada a um exame físico. “Existem outros exames que podem ajudar neste diagnóstico como: estudo urodinâmico, cistoscopia, ultrassonografia das vias urinárias e, por fim, exames de urina”, revela.

Para tratar a incontinência urinária feminina é importante antes saber qual a causa. “O tratamento vai depender disto, mas, podemos contar com fisioterapia pélvica, medicamentos para controle de contrações da bexiga (vesicais) e até cirurgia (nos casos em que se quer melhorar o tônus da uretra), como principais tratamentos”, finaliza. (Crédito foto: Freepik)

Como prevenir - Para as mulheres que querem prevenir a IUF, o ideal é controlar o peso, ter um acompanhamento médico - principalmente durante a menopausa - e fazer atividades físicas regulares. Para saber mais sobre a condição e obter ajuda profissional, a especialidade médica sugerida é o urologista ou ginecologista.

Sobre o dr. Fábio Tanno
Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP, Dr. Fábio Tanno possui doutorado em Urologia pela mesma faculdade e título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).  É também médico assistente da Divisão de Clínica Urológica do HCFMUSP. Suas áreas de atuação são: Cirurgia de Adrenal; Cálculos Renais; Vasectomia e Infertilidade masculina; Hiperplasia (crescimento) da Próstata; Urologia Reconstrutiva; Câncer de Próstata, Rim, Bexiga e Testículo; Disfunções Sexuais (Impotência/Ejaculação precoce); Incontinência Urinária e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
 

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