31/01/2024 às 18h47min - Atualizada em 01/02/2024 às 20h01min

Período de férias: como fica o sono das crianças quando não precisam acordar cedo?

Sem ir à escola, pequenos costumam dormir mais tarde o que dificulta a readaptação na volta às aulas

Canal A Comunicação
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A chegada das férias é um momento muito esperado pelas crianças em idade escolar. Após o período mais intenso de provas finais, os pequenos anseiam por um descanso em que possam aproveitar o tempo livre para brincadeiras, sem a necessidade de acordar cedo para ir ao colégio. A maior liberdade com horários, no entanto, pode ser um desafio para os pais que desejam manter uma rotina saudável para os pequenos sem comprometer o dia a dia das crianças na volta às aulas, quando terão que se readaptar a rotina usual.

Segundo a fundação americana National Sleep Foundation, os horários recomendados de sono variam conforme a idade entre as crianças. Para bebês de até três meses, o período de repouso é de 14 a 17 horas, de 12 a 15 horas dos quatro aos 11 meses de vida, de 11 a 14 horas para os que têm entre um e dois anos, de 10 a 13 horas para as idades de três a cinco anos. As crianças maiores, entre seis e treze anos, já começam a ter um sono recomendado mais próximo da idade adulta, entre 9 e 11 horas.

Já que o tempo de descanso para os menores de idade costuma ser mais extenso, aumenta a necessidade de organizar a rotina para que a criança possa se sentir bem-disposta ao longo do dia sem comprometer a própria disposição para as atividades diárias. A consultora do sono da Ortobom, Gisele Gomes, aponta que o recomendado é manter a hora de dormir entre os pequenos sempre antes do restante dos adultos da casa, sem grandes mudanças no horário habitual do período escolar.

“É claro que haverá dias em que vão naturalmente ultrapassar o horário estipulado de sono. As crianças terão mais tempo do que antes para jogar videogame e se divertir com os amigos. Elas naturalmente ficarão mais agitadas com tudo isso, e não há problema em dormir mais tarde em alguns dias, mas isso não pode se tornar um hábito”, conta Gisele.

A jornalista Mariana Gama tem uma filha de sete anos que atualmente está em férias escolares. A mãe afirma que permite que a filha durma mais horas no período de recesso e na semana que antecede a volta às aulas estabelece um regime de readequação aos horários habituais.

“Na semana anterior do retorno às aulas, coloco minha filha para dormir mais cedo e também acordo no horário típico que ela precisaria ir à escola. No início ela fica bem relutante, já que não tem um compromisso específico pela manhã. Mas, em poucos dias, ela já se acostuma. Também tento ao máximo evitar que minha filha use aparelhos eletrônicos à noite. As telas e os joguinhos de celular costumam deixar ela muito agitada e fazem com que ela demore mais para cochilar”, conta Mariana.

Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade do Sul da Dinamarca, o contato frequente com de crianças com aparelhos móveis e televisores contribui para padrões de sono mais fracionados, repleto de cochilos e sem um longo e único período de descanso. Esse cenário contribui para muitos despertares esporádicos durante à noite e lentidão para adormecer.

“A luz azul emitida pelos aparelhos suprime a produção de hormônios importantes para o relaxamento. Além disso, a constante estimulação dos jogos, redes sociais e outras atividades online também contribui para um cenário de inquietação entre as crianças”, afirma Gisele. 

Segundo a profissional, o ambiente de sono deve ser pensado para contribuir de diversas maneiras para o relaxamento. A consultora da Ortobom recomenda o uso de roupas leves e confortáveis, ausência de barulho, pouca luz e local climatizado. “Em vez de se render ao smartfone, é importante educar as crianças para buscar ler um livro e escutar músicas calmas antes de dormir. Em cenários como esses, é comum que o jovem adormeça naturalmente e atinja o sono com mais rapidez”, relata Gisele.
 

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