Brasil está em 2º lugar no ranking mundial na síndrome do esgotamento profissional ou burnout

Porém os sons da natureza, segundo Wesley Limash, têm um impacto profundamente positivo no bem-estar e, por conseguinte, na produtividade dos colaboradores

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Pesquisa realizada recentemente pela Pipo Saúde, com 8.980 trabalhadores de diferentes níveis hierárquicos no País, traz um cenário muito importante sobre saúde mental nas empresas. O levantamento mostra que 48% dos colaboradores entrevistados têm risco de saúde mental. O ponto crucial é como as empresas lidam com isso - apenas 36,2% dos empregadores (com até 500 colaboradores) ofereciam - na época do estudo - algum benefício voltado para saúde mental.

E caminhando um pouco mais dentro desse cenário, de acordo com a International Stress Management Association (ISMA), cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros possuem sintomas de exaustão extrema, esgotamento e estresse ligados ao ambiente profissional. O dado mais impressionante trazido pela ISMA é que o Brasil está em 2º lugar no ranking mundial quando o assunto é a síndrome do esgotamento profissional, ou burnout. Nosso país fica atrás apenas do Japão, que soma 70% da população ativa no mercado sofrendo com isso.

No entanto, a maioria dos líderes ainda não recebe treinamento adequado quando se fala de saúde mental do colaborador, apesar de a maioria considerar o tema uma pauta prioritária, de acordo com a análise da corretora de benefícios Pipo Saúde. E o assunto está em debate em muitas empresas. Tanto que muitas delas fazem palestras, e esse é um ótimo primeiro passo para abordar de forma integral a saúde mental dos trabalhadores.

Além de falar sobre o tema Burnout e como melhorar essa questão junto aos colaboradores, Wesley Limash, terapeuta sonoro, defende que as empresas coloquem em prática ações mais efetivas que tenham por objetivo contribuir na prevenção de quadros de depressão e burnout. “Usar a música e os sons para promover bem-estar e trazer mais qualidade de vida no ambiente de trabalho é uma das saídas”, afirma   Limash, um dos maiores especialistas do Brasil em Sound Healing (ou cura sonora, em português). Ele trabalha essa técnica e o desenvolvimento da consciência sonora como grandes aliadas no combate aos quadros de depressão e síndrome de burnout dentro das companhias.

“O som no ambiente de trabalho desempenha um papel crucial em nossa capacidade de concentração, criatividade e eficácia. Pessoas falando ao nosso redor, ruídos de britadeiras, carros passando e martelos batendo podem fazer com que retenhamos muito menos informação quando precisamos raciocinar, pensar e criar. A verdade é que a criatividade que pode mudar o mundo frequentemente nasce do silêncio”, afirma o especialista em sons.

Os sons da natureza, por outro lado, segundo Limash, têm um impacto profundamente positivo no bem-estar e, por conseguinte, na produtividade. “Ambientes que adotam sons naturais promovem uma sensação de calma e conforto, permitindo que as mentes de seus colaboradores se concentrem e se expressem da melhor maneira possível”, comenta.

“À medida que continuo a me aprofundar na consciência sonora corporativa, fica claro que essa é uma consciência que está gradualmente ganhando forma. A confiança e a consciência de como os sons impactam a vida dos colaboradores são fundamentais para a criação de ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos”, ressalta.

Para Limash, todos podem adotar uma abordagem mais consciente em relação ao som nos ambientes de trabalho. Ao fazê-lo, não apenas eleva a própria produtividade, mas também demonstra um profundo respeito e cuidado por aqueles que estão ao redor. “Lembre-se de que, em um mundo barulhento, a busca pelo silêncio e sons mais positivos pode ser a chave para o sucesso e o equilíbrio no ambiente corporativo”, conclui.

 

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