22/01/2024 às 10h28min - Atualizada em 22/01/2024 às 20h09min

Mediar os interesses de membros de empresas é tão importante quanto o conhecimento técnico, diz conselheira certificada pela Harvard Business School

Para a especialista Gisélia Silva, participar de um Conselho Consultivo exige uma visão global que inclui, além  de conhecimentos técnicos e do negócio, a percepção das necessidades e dos sentimentos envolvidos nas relações entre os agentes que participam, direta ou indiretamente, do processo decisório

SG Comunicação
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Com longa carreira como Executiva e Conselheira de Empresas, Gisélia Silva  ressalta que o cargo de conselheira exige destreza para mover-se em ambientes que se caracterizam por interesses múltiplos. “Além da habilidade de escuta e da postura contributiva, é preciso saber mediar os interesses de todos em prol  de uma decisão em que prevaleça o interesse na sustentabilidade  da companhia”, afirma Gisélia, que ainda é co-autora do livro “Mulheres no Conselho Volume 2”, lançado pela editora Leader em dezembro de 2023, com foco em histórias inspiradoras de executivas com trajetória marcante no mundo corporativo.
Recém certificada como Corporate Director pela Harvard Business School em 2023, Gisélia acumula uma robusta experiência no meio corporativo. Atualmente, participa das Comissões do Conselho de Administração e Jurídica do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC, e ainda exerceu o cargo de  Conselheira de Administração Independente de três subsidiárias da Eletrobras (Amazonas Geração e Transmissão de Energia, Eletronorte e CGT Eletrosul) no período  de 2018 a 2023.
Como executiva, foi protagonista na abertura de capital da CPFL Energia, em setembro de 2004. A companhia foi a primeira empresa privada brasileira a realizar uma oferta pública simultaneamente no Brasil e nos Estados Unidos. Gisélia esteve entre os sete executivos escolhidos para preparar, em apenas nove meses, a oferta pública inicial de ações (em inglês IPO) no Novo Mercado da Bovespa (atual B3) e na New York Stock Exchange – NYSE.   
Gisélia, que já enfrentou situações adversas no mundo corporativo, faz um alerta para que a ala masculina das empresas seja mais respeitosa em relação  às apresentações de mulheres durante reuniões e no dia a dia do trabalho. “Já participei de reuniões em que expus minhas ideias, sem que houvesse qualquer manifestação. Poucos minutos depois da minha fala, uma voz masculina apresenta as mesmas ideias que então foram reconhecidas. Então, as mulheres ainda enfrentam mais esse desafio, ou seja, além de ainda serem minoria em cargos de alta gestão, precisam ser esforçar para serem ouvidas”, afirma.
Além  do conhecimento acerca dos temas inerentes ao negócio e ao desempenho da companhia, Gisélia enfatiza a importância da habilidade de comunicação, a percepção acentuada em relação ao ambiente e, além de tudo, a arte de saber ouvir como aspectos fundamentais para se obter êxito no meio corporativo. Outra dica valiosa: “Cada conselheiro precisa ter seu plano próprio de atualização e acompanhamento. Foquei em relações humanas e, com isso,  fiz uma pós-graduação em Neurociência e Comportamento e me certifiquei também como Mediadora Privada para adquirir mais destreza nas discussões”, revela.     
Ela se preocupa, inclusive, em compartilhar seus conhecimentos, incluindo em sua agenda, a função de mentora de futuras líderes. Com isso,  ela é participante ativa do Programa de Mentoria do Comitê 80 em 8 do grupo Mulheres do Brasil. “Contribuir para disseminar o conhecimento sobre a atuação como conselheira nas intrincadas operações de empresas é uma forma de preparar a próxima geração para a liderança”, diz.
Atualmente, Gisélia faz parte do Comitê de Auditoria do Grupo Pão de Açúcar, é membro do Comitê Gestor do Ratting Integra de Governança Corporativa no Esporte, e  fundadora da GIS DS Treinamento e Assessoria, consultoria especializada em estratégia para governança, onde já atendeu clientes como Camargo Corrêa Infra, Solví, Randon e SPIC Brasil. Ainda atua como instrutora de cursos de governança (Conselho de Administração, Comitê de Auditoria, e Governance Officer) do IBCG e Fundação Dom Cabral.

 

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