19/01/2024 às 18h46min - Atualizada em 20/01/2024 às 16h00min

Dia Mundial contra a Hanseníase: especialista promove conscientização a respeito da doença

Dra. Denise Altomar, dermatologista e diretora dos Prontos Atendimentos da Unimed-Rio, aborda seus desafios e tratamentos

Juliana Sampaio
Imprensa
Divulgação
A hanseníase é uma doença que, embora tenha diminuído sua prevalência ao longo dos anos, ainda persiste como um desafio de saúde pública no Brasil. De acordo com o Boletim Epidemiológico de Hanseníase de 2023, publicado pela Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, em 2022, foram diagnosticados 14.962 novos casos no Brasil. Provocada pelo Mycobacterium leprae, também chamado de bacilo de Hansen, a patologia é transmitida através das vias aéreas, mediante secreções nasais, gotículas de tosse, espirro ou fala dos pacientes na forma multibacilar.
De acordo com a Dra. Denise Altomar, dermatologista e diretora dos Prontos Atendimentos da Unimed-Rio, os pacientes tornam-se não transmissores após iniciar o tratamento medicamentoso. A médica também explica que devemos ficar atentos aos sinais. “Os sintomas da hanseníase não se limitam à pele. Manchas brancas ou avermelhadas podem surgir em qualquer parte do corpo, acompanhadas de perda ou alteração da sensibilidade ao frio, calor, tato e dor”. Ela ressalta um indício crucial: a alteração de sensibilidade nas lesões, onde o paciente não sente mudanças de temperatura ou dor.

Diagnóstico e tipos:
O diagnóstico é realizado por exame físico criterioso dermatológico e neurológico, incluindo testes de sensibilidade. Pacientes com suspeita são submetidos a exames laboratoriais, como baciloscopia e biópsia, para confirmar o diagnóstico. “Existem tipos multibacilares, transmissores, e paucibacilares, não transmissores. Algumas formas da doença não apresentam lesões de pele, requerendo testes adicionais para diferenciação”, pontua a Dra. Denise.

Possíveis Sequelas:
“A hanseníase pode deixar sequelas, como a perda parcial ou completa da sensibilidade nas extremidades”, ressalta a médica. Segundo a especialista, o grau de acometimento nervoso determina a permanência do déficit sensitivo ou motor, afetando a qualidade de vida do paciente. Por isso, é muito importante procurar um médico ao notar os primeiros sintomas.

Cura e Tratamento:
A Dra. Denise assegura que a hanseníase tem cura, desde que o tratamento seja realizado de forma adequada. “O tempo de tratamento varia conforme a gravidade e forma da doença, sendo mais prolongado para os multibacilares. O acompanhamento contínuo das lesões neurológicas e possíveis sequelas é essencial”. Ela ressalta que o tratamento é realizado, geralmente, com antibióticos e pode durar de seis meses a dois anos, dependendo da forma da doença.

Preconceito e Conscientização:
“Apesar dos avanços, o preconceito persiste.  O primeiro passo foi mudar o nome de lepra para hanseníase e esclarecer que existe tratamento fornecido pelo governo para todos – o que leva à cura”. A médica destaca campanhas como o ‘Janeiro Roxo’, promovido pelo Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Dermatologia, como fundamentais para esclarecer a população.
 

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