17/01/2024 às 17h53min - Atualizada em 18/01/2024 às 00h10min

Liberdade na análise de crédito: a lei da Assinatura Digital e a evolução das práticas de concessão de crédito

Por Sérgio Flôr, CEO da FEPWeb

Bianca de Oliveira
Banco de imagens

A concessão de crédito é uma parte essencial da economia moderna, facilitando transações comerciais, investimentos e o crescimento financeiro pessoal. Durante anos, o processo era burocrático e lento, o que impactava diretamente na economia. Com os avanços na tecnologia, este serviço está passando por uma transformação significativa e, graças à Lei da Assinatura Digital, a forma como as instituições financeiras avaliam a elegibilidade de crédito está sendo revolucionada.

Para se ter uma ideia,  cada dia mais brasileiros buscam algum tipo de financiamento, seja para adquirir uma casa, investir em um novo negócio ou financiar seus estudos. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a estimativa de valores a serem investidos em financiamento imobiliário chega a R$ 238 bilhões até o final de 2023. Já com relação aos automóveis, um levantamento feito pela B3 mostrou que apenas em agosto deste ano houve um aumento de 11,9% no número de financiamentos no comparativo com o mesmo mês de 2022.

Antes de falarmos sobre o futuro, precisamos olhar para o passado e enxergar como o processo era realizado até pouco tempo atrás. Os contratos físicos ou digitais exigiam não apenas as assinaturas das partes envolvidas, mas de duas testemunhas. Do contrário, não configurariam como título executivo extrajudicial. Além disso, ainda havia bastante resistência quanto à aceitação de documentos assinados eletronicamente. Posso citar aqui um dos principais problemas ocorridos em decorrência disso, caso houvesse descumprimento de contrato, caberiam discussões, recursos em ações judiciais ou perdas processuais. Não é preciso dizer o quão prejudicial isso seria para as empresas.

Em julho de 2023 isso mudou, entrou em vigor a Lei nº 14.620/2023, conhecida como Lei da Assinatura Digital, que facilita o uso e certificação de documentos com assinatura online. A partir de agora, a força executiva dos documentos assinados eletronicamente passa a ser reconhecida pelo Código de Processo Civil e, caso haja o descumprimento do acordo em processos de concessão de crédito, será mais fácil realizar a cobrança. Além disso, entre outros pontos, a Lei extingue a necessidade de assinatura de testemunhas para validar documentos eletrônicos.

Pode parecer simples, mas isso gera impactos na concessão de crédito por parte dos bancos e fintechs que passarão a oferecer o processo de maneira mais simplificada, o que beneficia tanto as instituições financeiras - que agora podem automatizar grande parte da análise de crédito, resultando em uma redução de 25% no tempo médio necessário para aprovar um pedido - quanto os consumidores, que podem acessar o crédito de forma mais conveniente e com menos burocracia. 

Outro ponto é que os softwares de assinatura digital, como a FEPWeb, são protegidos com criptografia, o que evita e protege de fraudes e falsificações, aumentando a segurança do documento. Por fim, além de garantir a veracidade da autenticação em documentos, também pode reduzir os custos em até 75%.

À medida que a tecnologia continua a avançar e as regulamentações se adaptam, a análise de crédito está entrando em uma nova era de liberdade e eficiência. Não há dúvidas de que o processo está se tornando mais acessível e seguro do que nunca. Se sobressairão as instituições financeiras que entenderem a tecnologia como uma parte essencial de um grande produto ou serviço, desde que garantam a transparência e segurança dos processos com plataformas eletrônicas seguras.   

* Sérgio Flôr é fundador e CEO da FEPWeb

Formado em Ciências pela Universidade Paulista, atua há mais de 20 anos com soluções de negócios e desenvolvimento de relacionamento, alavancando fortes resultados nos níveis corporativo e de campo. Possui ampla experiência no setor de serviços financeiros, especificamente na indústria vertical bancária e de mercado de capitais e expertise de domínio no setor financeiro com foco em terceirização, consultoria, software e serviços.Em 2006, fundou a FEPWeb em parceria com um sócio. A empresa fornece software para parametrização e abono digital de Firmas e Poderes, controle de assinaturas digitais e eletrônicas e criação e gerenciamento de workflows e templates dinâmicos.


 

Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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