16/01/2024 às 16h48min - Atualizada em 17/01/2024 às 08h07min

Peixe BR questiona Ministério da Agricultura e Pecuária e Ministério da Pesca e Aquicultura sobre riscos e custos da importação de tilápia do Vietnã

Peixe BR questiona Ministério da Agricultura e Pecuária e Ministério da Pesca e Aquicultura sobre riscos e custos da importação de tilápia do Vietnã

Irvin Dias Costa de Souza Garcia
Livre
Um lote de tilápia importada do Vietnã chegou ao Brasil em dezembro de 2023, causando muita preocupação à Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) e à cadeia da produção de peixes de cultivo como um todo.

“Não temos informações se o lote passou por todas as análises de riscos sanitários, de maneira a garantir sua segurança para consumo. Da mesma forma, não conhecemos o processo de criação e de processamento da tilápia no Vietnã, o que também consideramos preocupante”, ressalta Francisco Medeiros, presidente da Peixe BR.

“Também temos muitas dúvidas sobre o custo da importação, tendo em vista que os valores pagos são inferiores ao custo de produção no Brasil. Isso é dumping”, assinala o dirigente.

“Além disso, a importação em si causa muita estranheza, já que o Brasil é o quarto maior produtor mundial de tilápia, cultiva a espécie segundo os mais rígidos critérios de boas práticas – incluindo alimentação balanceada e controle sanitário. A tilápia brasileira prima pela qualidade e é, sem dúvida, uma das melhores do mundo. E a oferta interna cresce ano após ano”, complementa Medeiros.

O presidente executivo da Peixe BR também questiona a importação, considerando o desenvolvimento e a importância econômica e social da cadeia da produção de tilápia no Brasil. “A piscicultura brasileira é uma atividade em expansão, que reúne mais de 1 milhão de produtores – sendo a expressiva maioria de pequenos – e gera igualmente cerca de 1 milhão de empregos. A representatividade social da atividade é gigantesca. A importação pode comprometer a própria sobrevivência de pequenos piscicultores”.

A Peixe BR está em contato permanente com o Ministério da Pesca e Aquicultura, o Ministério da Agricultura e Pecuária e o Ministério do Trabalho e do Emprego para saber se foram realizadas todas as análises de risco sanitário necessárias e entender os motivos da importação.
 

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