15/01/2024 às 11h50min - Atualizada em 15/01/2024 às 20h08min

Transformação digital, IA e gerenciamento de dados: temas que seguem no holofote em 2024

*Por Francisco Larez*

Francisco Larez
Progress / Divulgação
No âmbito da tecnologia, a inovação é um aspecto que molda constantemente o mundo dos negócios e o futuro da sociedade. O novo ano está apenas no início, mas já podemos vislumbrar no horizonte quais movimentos tecnológicos encontrarão sua ascensão ao longo de 2024. A América Latina, por mais diversa e conflituosa que seja, também se apresenta como terreno fértil para aproveitar esses movimentos e competir na economia global.

O desafio para esta era é projetar as empresas para um futuro impulsionado pela tecnologia. O ponto de partida para alcançar esse objetivo é entender como se adaptar às necessidades dos consumidores.

Neste cenário, a produtividade e a competitividade serão os dois eixos fundamentais aos quais as empresas deverão regressar constantemente para garantir a fidelização dos clientes e, consequentemente, a crescente cota de mercado. A produtividade envolve compreender como podemos manter a excelência e otimizar recursos em uma economia muito exigente e instável. Competitividade, para corresponder – e além – às expectativas de um mercado exigente.

A boa notícia é que a tecnologia chegou para apoiar os processos de negócio e facilitar o cumprimento destes objetivos. Aproveitar as tendências que marcarão 2024 é um primeiro passo para escalar negócios e se tornar protagonistas da inovação.

Transformação Digital

A transformação digital deixou de ser uma opção e passou a ser uma necessidade. De acordo com o relatório Penetração da Internet na América Latina, elaborado pelo Atlántico, a América Latina experimentou um aumento notável na penetração da Internet na última década, atingindo 78%, superior até mesmo à da China. No Brasil, em particular, o uso da Internet no Brasil cresceu 33% nos últimos oito anos, segundo pesquisa feita neste ano pela IC Domicílios 2023, publicada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), que considera o uso da Internet por indivíduos de 10 anos de idade ou mais.

Além disso, a América Latina também se caracteriza por ser a região líder no uso de redes sociais no mundo. Um estudo da Comscore revelou que 86,6% dos latino-americanos acessam as redes sociais e, de janeiro a dezembro de 2022, fizeram 54,8 bilhões de postagens no Facebook, Twitter, Instagram e TikTok. Por outro lado, em relação ao comércio eletrônico, o mercado latino-americano e caribenho atingiu um valor de vendas no varejo de US$ 125 bilhões em 2022 e espera-se que até 2027 esse valor ultrapasse US$ 243 bilhões, segundo dados da Statista.

Portanto, a transformação digital, apoiada pela expansão da infraestrutura da Internet e pelo forte envolvimento nas redes sociais, não consiste apenas em acompanhar, mas também em liderar o caminho e antecipar as interações com os clientes. As empresas que colocarem o cliente dentro da sua estratégia, proporcionando-lhes uma experiência personalizada, terão mais sucesso em 2024 e além.

Inteligência Artificial

Até pouco tempo, a adoção da Inteligência Artificial (IA) estava reservada principalmente às grandes corporações devido ao seu alto custo. No entanto, essa tecnologia está se democratizando e deixará de ser um diferencial para se tornar um elemento central de valor agregado, sobretudo em produtos de software.

Ferramentas acessíveis como o Chat GPT impulsionaram a democratização da IA e esta mudança é particularmente relevante no Brasil, onde 99% das empresas são pequenas e médias (PMEs). Segundo o Ministério da Economia, juntas, as micro e pequenas empresas representam 99% dos negócios brasileiros, além de deter 30% do produto interno bruto (PIB) do país.

A pesquisa “Back to Business”, da Visa, mostra que 87% dos líderes de companhias apostam em ferramentas como ChatGPT para escalar o negócio. O levantamento, que ouviu 2250 líderes de PMEs na Austrália, Brasil, Canadá, Alemanha, Hong Kong, Irlanda, Nova Zelândia, Singapura, Emirados Árabes Unidos (EAU) e Estados Unidos, indica que 87% consideram provável o uso de IA generativa e automação nos próximos 12 meses. A principal aplicação: criar vantagem em seus negócios para lidar com a concorrência ou focar em crescimento. Por outro lado, um estudo do Gartner, feito com mais de 1,4 mil líderes executivos, revelou que 45% das empresas relatam estágios de teste para a tecnologia. Outros 10% já implementaram IA em seus processos de produção. Isso representa um aumento significativo em relação a um levantamento do Gartner realizado em março e abril de 2023, no qual apenas 15% dos entrevistados estavam testando a Inteligência Artificial Generativa e 4% indicaram o uso efetivo em suas empresas.

Gerenciamento de dados

Ao olharmos para 2024, o cenário da IA ​​e do aprendizado de máquina coloca os dados na vanguarda da tomada de decisões. O receio generalizado de perder informação leva os decisores a reavaliar os investimentos, dando lugar ao que parece ser um ciclo promissor de gestão do conhecimento. O consenso prevalecente destaca que ter dados abundantes e bem administrados é um requisito fundamental para o sucesso dos negócios. No próximo ano, prevê-se uma mudança significativa na dinâmica dos projetos, com o surgimento de administradores de dados e cidadãos de dados, (funcionários que têm acesso às informações proprietárias de uma organização) no centro das atenções. O seu envolvimento desde as fases iniciais dos projetos se tornará mais frequente, marcando uma tendência importante na gestão eficaz de dados.

Para enfrentar os desafios atuais e os que estão por vir, será necessário um compromisso entre todos os agentes da sociedade para trazer mais transparência, definir regras e limites para o uso da IA nas aplicações de negócios.

A tecnologia seguirá evoluindo para ancorar e alavancar os processos de negócio. O ponto é: as organizações estão abraçando as ferramentas disponíveis para guiar suas estratégias em um futuro ditado pelas constantes inovações tecnológicas? Se a resposta é sim, sua empresa já entendeu a necessidade de implementar uma cultura de inovação para sedimentar uma base sólida e bem-sucedida em um futuro progressivamente impulsionado pela tecnologia.

*Por Francisco Larez, vice-presidente da Progress para América Latina e Caribe.



 

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