Freepik O número de mulheres ocupando cargos de liderança no Brasil tem aumentando a cada ano, porém, elas ainda continuam sendo a minoria no mercado de trabalho. O estudo “Panorama Mulheres 2023”, realizado pelo Talenses Group e Insper, revela que somente 17% dos cargos de presidência das empresas são ocupados por mulheres. O resultado representa um avanço em relação aos últimos anos: em 2019, a proporção era de 13%, e, em 2017, apenas 8%.
Para mudar esse cenário, coletivos e movimentos representados por mulheres realizam programas para acelerar a presença feminina em cargos de liderança e C-leves. Conheça, abaixo, as organizações e personalidades que fomentam a diversidade no topo das companhias.
Conselheira 101
É um programa sem fins lucrativos, cujo objetivo é ampliar o conhecimento de lideranças femininas negras e indígenas sobre o papel dos Conselhos de Administração e incentivar o networking das participantes com a comunidade de governança corporativa. A iniciativa surgiu de reflexões de diferentes grupos sobre os mesmos temas: como tornar os Conselhos de Administração mais diversos sob a perspectiva étnico-racial e como dar visibilidade a mulheres negras e indígenas que já possuem as qualificações necessárias para ocupar assentos nos boards.
Pacto Transforma
O Programa Pacto Transforma, é uma iniciativa realizada pela Associação Pacto de Promoção da Equidade Racial em conjunto com a B3, e conta com o patrocínio da Lenovo, Philanthropy, ADP Brasil, apoio educacional da Fundação Dom Cabral e apoio institucional da 99 Jobs. O programa vem contribuir e acompanhar 30 mulheres negras comprometidas com a equidade racial, para a primeira posição de liderança ao longo de 12 meses. As selecionadas também terão mentorias, aceleração de carreira, construção de networking e aulas de inglês.
Reprograma
A iniciativa foca em ensinar programação para mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica, priorizando negras, e/ou trans travestis, e tem o objetivo de diminuir a lacuna de gênero na área de T.I. Até o momento, mais de 2 mil mulheres se formaram, sendo que mais de 71,7% se autodeclaram pretas ou pardas e 10% trans e/ou travestis. Atualmente, a organização está promovendo a campanha ‘Transforme a Vida de uma Mulher’, visando arrecadar R$ 40 mil, cujo valor será revertido para o Fundo de Bolsas, oferecendo uma ajuda de custo de R$ 1,333 para 05 alunas mais vulneráveis, durante os seis meses de curso. Para contribuir, basta acessar o site da Doare.
Scooto
A central de atendimento nasce com a missão de transformar o relacionamento entre pessoas e empresas, com foco na experiência e encantamento do cliente junto à análise estratégica de dados. Com um modelo de trabalho officeless, possui um time formado apenas por mulheres, com mais de 450 prestadoras de serviço, sendo que 86% são mães, 46% pretas e pardas e 5% Pessoas com Deficiência (PcDs). Neste sentido, a organização tem fomentado a ascensão de lideranças diversas para o mercado de trabalho.
Rachel Maia, CEO do RM Consulting e do Projeto Capacita-me
Conhecida por ser a primeira mulher negra a ocupar o cargo de CEO em uma grande empresa no Brasil e considerada uma das 500 pessoas mais influentes da América Latina pela Bloomberg Línea, por dois anos consecutivos, Rachel é fundadora do projeto social Capacita-me, com o viés na educação e empregabilidade de pessoas em situação de vulnerabilidade. A executiva presta consultoria em Diversidade e Inclusão, Varejo e Liderança, por meio da RM Consulting, e foi eleita Presidente do Conselho Administrativo do Pacto Global da ONU no Brasil.
Viviane Elias, COO da Zeka Educação Digital
Mesmo ocupando as principais cadeiras de conselhos, a executiva não esquece e não romantiza a história da menina de 13 anos, que entregava panfletos no farol, como parte primordial de sua carreira. Hoje, possui mais de 12 anos de experiência em resiliência corporativa, gerenciamento de riscos & crises. Atualmente, é COO da Edtech Zeka Educação Digital, professora de Negócios com Propósitos e Projetos de Startups na FIAP, integrante do conselho consultivo e com forte atuação em grupos de trabalho com foco na diversidade de gênero e racial.
Cristiane Costa, CEO da Dyamonte
Com mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro e com passagem por empresas como Banco Itaú, Santander, e XP Investimento, Cristiane é, hoje, CEO da Dyamonte, cujo propósito é proporcionar oportunidades e soluções para que empresas e pessoas, especialmente mulheres, promovam grandes mudanças no setor. Compartilha sua trajetória de resiliência em um mercado predominantemente masculino e sua experiência com a maternidade para inspirar outras mulheres.
Fernanda Ribeiro, CEO da Conta Black
Presidente da Associação AfroBUsiness, co-fundadora e CEO da Conta Black, Fernanda se dedica também ao desenvolvimento de ações e programas para fomento da diversidade, inclusão econômica e social relacionados às temáticas de gênero e étnico-raciais, com ênfase em empreendedorismo e finanças.
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